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Estou e viagem, e portanto hoje não teremos áudio. Segunda-feira voltamos ao ritmo normal.
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Estou e viagem, e portanto hoje não teremos áudio. Segunda-feira voltamos ao ritmo normal.
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As senhas são nossa proteção individual mais básica na Internet, e precisam ser encaradas como bens que valem dinheiro e que em mãos erradas podem nos prejudicar muito. As boas senhas não são compartilhadas com ninguém; são usadas em um único local; não são óbvias, são longas, e usam combinações de letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais; e são trocadas de tempos em tempos. Difícil manter senhas assim o tempo todo? Sim, é difícil. Mas vou dar uma dica de como facilitar um pouco nossa vida nesse sentido.
Começamos montando uma base para nossas senhas. A sugestão é usarmos um verso de uma música, ou uma frase de que gostamos. Vou usar o verso inicial de um poema infantil de Vinícius de Moraes para ilustrar: “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada.” Usando uma frase ou um verso que conhecemos, fica fácil lembrar. Dessa frase, tiramos as primeiras letras de cada palavra, e nossa base fica assim: “eucmenttntn”. Lembrando da frase, conseguimos formar imediatamente a base. É claro que não devemos usar uma frase muito óbvia, algo que vivamos dizendo a toda hora e que todos saibam que fazemos. É claro, também, que não devemos contar a frase escolhida para ninguém. Seguindo esse mecanismo, a base de nossas senhas está pronta.
O segundo passo é incrementar essa base, dando uma “bagunçada organizada” nas letras. Usando maiúsculas e números em algumas das posições, além de caracteres especiais, nossa base fica assim: eUcM3n#tnTn. Se fizermos as trocas de forma organizada, o fica mais fácil decorar a sequência. O “3” e o “E”, por exemplo, têm uma semelhança visual, e o “#” pode ser visto como um “t” dobrado. Cada um vai fazer essas trocas da forma que mais fizer sentido em sua própria cabeça, o que mantém a organização. O fato é que usando uma mistura de minúsculas, maiúsculas, letras e caracteres especiais — especialmente em sequências mais longa como essa — dificultamos horrores para os ciber-criminosos que querem descobrir nossa senha na base da força bruta, isso é, tentando todas as combinações possíveis de caracteres. Sem falar que deduzir uma senha assim na base do conhecimento que se possa conseguir a respeito de cada um de nós é simplesmente impossível.
Pronta a base, é hora de criarmos um diferenciador para cada site em que estamos cadastrados. Fica mais fácil de lembrar se usarmos alguma variação do nome do próprio site, e nesse sentido podemos, por exemplo, usar as quatro primeiras letras do site na ordem inversa (para o Facebook seria “ecaf”, para o Orkut seria “ukro”), ou as duas primeiras e as duas última letras (para o Facebook seria “faok”, para o Orkut seria “orut”). Incrementar esses diferenciais com mais uma dose de “bagunça organizada” também ajuda, claro, e nesse caso é importante manter um padrão para facilitar a lembrança. Vamos usar, como exemplo, os quatro primeiros caracteres invertidos, e passar para maiúscula a primeira e a terceira letras: para o Facebook será “EcAf”, e para o Orkut será “UkRo”.
Nossa senha para o Facebook fica, portanto, a soma da base com o diferenciador: “eUcM3n#tnTnEcAf”. Nossa senha para o Orkut fica: “eUcM3n#tnTnUkRo”. Se para cada site criarmos um diferencial próprio, teremos sempre senhas diferentes. Como a frase é de fácil memorização para nós, lembrar da mesma é imediato, e ficamos com a tarefa simples de decorar como bagunçamos a mesma. Como sabemos o nome do site e qual a nossa regra pessoal para identificá-lo, também não teremos problemas para lembrar.
À primeira vista o processo pode parecer complicado, mas não é. Com um pouco de treino, lembraremos de nossas senhas com facilidade, e teremos sempre senhas fortes e diferentes para cada site que frequentamos. No exemplo acima, as senhas ficam com 15 caracteres, e são fortíssimas. Penso que daria para usá-las por um bom período de tempo, e na hora de trocar, bastaria compormos outra base, escolhendo outra frase e aplicando o conceito da troca de caracteres proposta acima.
Dá trabalho? Sim, dá um pouco. Perdemos conveniência? É relativo: no começo, sim, mas depois de alguns dias, quando esse mecanismo “entra no sangue”, fica bem simples de lembrarmos de todas as nossas senhas. Melhora nossa segurança? Como diz o pessoal do interior de São Paulo de onde eu venho: “Ô! E como melhora!”
Bom fim de semana e até a próxima.
Começamos montando uma base para nossas senhas. A sugestão é usarmos um verso de uma música, ou uma frase de que gostamos. Vou usar o verso inicial de um poema infantil de Vinícius de Moraes para ilustrar: “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada.” Usando uma frase ou um verso que conhecemos, fica fácil lembrar. Dessa frase, tiramos as primeiras letras de cada palavra, e nossa base fica assim: “eucmenttntn”. Lembrando da frase, conseguimos formar imediatamente a base. É claro que não devemos usar uma frase muito óbvia, algo que vivamos dizendo a toda hora e que todos saibam que fazemos. É claro, também, que não devemos contar a frase escolhida para ninguém. Seguindo esse mecanismo, a base de nossas senhas está pronta.
O segundo passo é incrementar essa base, dando uma “bagunçada organizada” nas letras. Usando maiúsculas e números em algumas das posições, além de caracteres especiais, nossa base fica assim: eUcM3n#tnTn. Se fizermos as trocas de forma organizada, o fica mais fácil decorar a sequência. O “3” e o “E”, por exemplo, têm uma semelhança visual, e o “#” pode ser visto como um “t” dobrado. Cada um vai fazer essas trocas da forma que mais fizer sentido em sua própria cabeça, o que mantém a organização. O fato é que usando uma mistura de minúsculas, maiúsculas, letras e caracteres especiais — especialmente em sequências mais longa como essa — dificultamos horrores para os ciber-criminosos que querem descobrir nossa senha na base da força bruta, isso é, tentando todas as combinações possíveis de caracteres. Sem falar que deduzir uma senha assim na base do conhecimento que se possa conseguir a respeito de cada um de nós é simplesmente impossível.
Pronta a base, é hora de criarmos um diferenciador para cada site em que estamos cadastrados. Fica mais fácil de lembrar se usarmos alguma variação do nome do próprio site, e nesse sentido podemos, por exemplo, usar as quatro primeiras letras do site na ordem inversa (para o Facebook seria “ecaf”, para o Orkut seria “ukro”), ou as duas primeiras e as duas última letras (para o Facebook seria “faok”, para o Orkut seria “orut”). Incrementar esses diferenciais com mais uma dose de “bagunça organizada” também ajuda, claro, e nesse caso é importante manter um padrão para facilitar a lembrança. Vamos usar, como exemplo, os quatro primeiros caracteres invertidos, e passar para maiúscula a primeira e a terceira letras: para o Facebook será “EcAf”, e para o Orkut será “UkRo”.
Nossa senha para o Facebook fica, portanto, a soma da base com o diferenciador: “eUcM3n#tnTnEcAf”. Nossa senha para o Orkut fica: “eUcM3n#tnTnUkRo”. Se para cada site criarmos um diferencial próprio, teremos sempre senhas diferentes. Como a frase é de fácil memorização para nós, lembrar da mesma é imediato, e ficamos com a tarefa simples de decorar como bagunçamos a mesma. Como sabemos o nome do site e qual a nossa regra pessoal para identificá-lo, também não teremos problemas para lembrar.
À primeira vista o processo pode parecer complicado, mas não é. Com um pouco de treino, lembraremos de nossas senhas com facilidade, e teremos sempre senhas fortes e diferentes para cada site que frequentamos. No exemplo acima, as senhas ficam com 15 caracteres, e são fortíssimas. Penso que daria para usá-las por um bom período de tempo, e na hora de trocar, bastaria compormos outra base, escolhendo outra frase e aplicando o conceito da troca de caracteres proposta acima.
Dá trabalho? Sim, dá um pouco. Perdemos conveniência? É relativo: no começo, sim, mas depois de alguns dias, quando esse mecanismo “entra no sangue”, fica bem simples de lembrarmos de todas as nossas senhas. Melhora nossa segurança? Como diz o pessoal do interior de São Paulo de onde eu venho: “Ô! E como melhora!”
Bom fim de semana e até a próxima.
Ótimo post!
ResponderExcluirObrigado, Anônimo!
ResponderExcluirEspero que seja útil! Eu uso essa técnica há alguns anos, e nunca tive problema com senha (ou com esquecimento delas...).
Abração,
Ruy