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Troquei algumas mensagens com um leitor (que pede para ficar anônimo, aliás) após receber o seguinte questionamento:
“Apesar de meu laptop estar configurado para fazer atualizações automáticas do Windows, fui checar e descobri que tem correções de mais de um mês que não foram baixadas. Será que estou com vírus que impede as atualizações?”
Fiz algumas perguntas sobre o sistema desse usuário e rapidamente chegamos à raiz do problema: a função “hibernar”.
Para quem não sabe, a função “hibernar” é uma facilidade presente nos sistemas operacionais da Microsoft que permite a rápida retomada do ambiente depois que o computador é desligado e religado. Funciona assim: ao desligar o computador, antes de interromper a energia este se põe a apagar todos os arquivos temporários e liberar o conteúdo da memória e do arquivo de paginação; quando é religado, precisa “começar do zero”, carregando todos os drivers, estabelecendo o contexto novamente, alocando espaço para paginação e por aí vai. O efeito colateral é que esse é um processo longo, que pode levar até alguns minutos se a máquina tiver um processador menos potente e pouca memória. A alternativa é usar a função “hibernar”, que ao invés de desligar o sistema do jeito convencional, simplesmente grava todo o contexto em disco antes de interromper a energia, carregando esse mesmo contexto quando a máquina for religada.
Infelizmente, o efeito do uso dessa função é que para o computador, esse nunca foi desligado. É como se tivesse simplesmente pulado do momento inicial da hibernação para o momento em que saiu dela. E o problema com relação às correções do sistema operacional e de outras aplicações da Microsoft é que essas são instaladas quando o computador é desligado, precisando da renovação do contexto todo para poderem atualizar vários arquivos de sistema e outros vários valores de registro. Isso é, se usamos a função “hibernar” sempre que desligamos o computador não renovamos o contexto, e esse tipo de comportamento ao longo de vários dias pode colocar nosso computador em atraso com as correções.
As famosas “patch Tuesday”, ou “Terça-feira da correção”, por exemplo, trazem mensalmente correções para os produtos da Microsoft, e recentemente tivemos outro evento desses. Uma das correções disponibilizadas foi no aplicativo PowerPoint, para criação de apresentações multimídia. A falha corrigida permite a execução de código remoto na máquina não atualizada, o que poderia dar controle da mesma ao cibercriminoso que se disponha a explorá-la. O especialista em segurança da nCircle, Andrew Storms, prevê que os erros corrigidos nesse “patch Tuesday” serão explorados a curtíssimo prazo pelos bandidos, o que torna a correção de nossos computadores uma prioridade. Ou seja, não só devemos habilitar a atualização automática de nossas máquinas, como também devemos efetivamente desligar o computador da próxima vez que não o estivermos utilizando.
A função “hibernar” é muito útil para momentos em que estamos com o tempo escasso, mas deve sempre ser utilizada com parcimônia.
Até a próxima.
“Apesar de meu laptop estar configurado para fazer atualizações automáticas do Windows, fui checar e descobri que tem correções de mais de um mês que não foram baixadas. Será que estou com vírus que impede as atualizações?”
Fiz algumas perguntas sobre o sistema desse usuário e rapidamente chegamos à raiz do problema: a função “hibernar”.
Para quem não sabe, a função “hibernar” é uma facilidade presente nos sistemas operacionais da Microsoft que permite a rápida retomada do ambiente depois que o computador é desligado e religado. Funciona assim: ao desligar o computador, antes de interromper a energia este se põe a apagar todos os arquivos temporários e liberar o conteúdo da memória e do arquivo de paginação; quando é religado, precisa “começar do zero”, carregando todos os drivers, estabelecendo o contexto novamente, alocando espaço para paginação e por aí vai. O efeito colateral é que esse é um processo longo, que pode levar até alguns minutos se a máquina tiver um processador menos potente e pouca memória. A alternativa é usar a função “hibernar”, que ao invés de desligar o sistema do jeito convencional, simplesmente grava todo o contexto em disco antes de interromper a energia, carregando esse mesmo contexto quando a máquina for religada.
Infelizmente, o efeito do uso dessa função é que para o computador, esse nunca foi desligado. É como se tivesse simplesmente pulado do momento inicial da hibernação para o momento em que saiu dela. E o problema com relação às correções do sistema operacional e de outras aplicações da Microsoft é que essas são instaladas quando o computador é desligado, precisando da renovação do contexto todo para poderem atualizar vários arquivos de sistema e outros vários valores de registro. Isso é, se usamos a função “hibernar” sempre que desligamos o computador não renovamos o contexto, e esse tipo de comportamento ao longo de vários dias pode colocar nosso computador em atraso com as correções.
As famosas “patch Tuesday”, ou “Terça-feira da correção”, por exemplo, trazem mensalmente correções para os produtos da Microsoft, e recentemente tivemos outro evento desses. Uma das correções disponibilizadas foi no aplicativo PowerPoint, para criação de apresentações multimídia. A falha corrigida permite a execução de código remoto na máquina não atualizada, o que poderia dar controle da mesma ao cibercriminoso que se disponha a explorá-la. O especialista em segurança da nCircle, Andrew Storms, prevê que os erros corrigidos nesse “patch Tuesday” serão explorados a curtíssimo prazo pelos bandidos, o que torna a correção de nossos computadores uma prioridade. Ou seja, não só devemos habilitar a atualização automática de nossas máquinas, como também devemos efetivamente desligar o computador da próxima vez que não o estivermos utilizando.
A função “hibernar” é muito útil para momentos em que estamos com o tempo escasso, mas deve sempre ser utilizada com parcimônia.
Até a próxima.
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