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O ouvinte Sandro enviou a seguinte pergunta:
“Vou viajar para os EUA em breve, e estou pensando em trazer um tablet para uso pessoal. Estou em dúvida entre o Galaxy, o Xoom e o IPad 2. Existe alguma consideração de segurança que me ajude a decidir por algum deles?”
Puxa, Sandro, essa é uma pergunta difícil de responder por várias razões. A primeira delas é que não tendo um tablet, nem tendo encontrado esses dispositivos em projetos profissionais ainda, não tenho dados provenientes de experiência pessoal para te passar, apenas o que tenho estudado. Em segundo lugar, porque as plataformas são todas novas, e o ambiente dos tablets ainda é meio que “terra incógnita” no que diz respeito à segurança. Apenas começamos a ver a formação do, digamos, ecossistema, dos tablets, e as ameaças que surgiram até agora são poucas para que se forme uma opinião embasada. E, por último, porque a questão dos tablets é, hoje, bastante permeada pela paixão. Dizer qual deles é o melhor é quase que equivalente a dizer qual o melhor time de futebol: cada um vai ter uma opinião diferente, e sempre mais baseada nas preferências pessoais do que nos fatos.
Isto posto, existem alguns pontos a considerar, que dependendo de como pensamos e do que vemos como sendo mais importante, nos ajuda a decidir.
Comecemos pelo sistema operacional. Dois dos tablets que você menciona (o Galaxy e o Xoom) implementam o sistema operacional Android, da Google. Esse sistema é de código aberto, e é adotado por vários tablets e smartphones do mercado. O Android é um sistema robusto e bem construído, que vem recebendo elogios da indústria por sua arquitetura e flexibilidade. No quesito segurança, o Android trabalha com o conceito de sandboxing, que na prática significa que cada aplicação tem seu espaço separado, sem acesso ao espaço designado a outras aplicações. Isso é importante, pois impede que uma aplicação mal-intencionada capture dados de outra. O lado negativo dos sistemas baseados em Android é o fato de que o desenvolvimento não é regulado por ninguém. Qualquer um pode desenvolver e disponibilizar aplicativos para o Android, e o resultado dessa falta de controle é que aplicações maliciosas às vezes são disponibilizadas e baixadas pelos usuários. No início do mês a Google resolveu intervir em sua loja de aplicações e tirou do ar 21 delas, que supostamente espalhavam códigos maliciosos.
O terceiro tablet que você menciona é o IPad 2, que roda o sistema proprietário da Apple iOS 4.3 e também usa o conceito de sandboxing para segregar aplicações. Este sistema é totalmente fechado, e o desenvolvimento de aplicações é draconianamente controlado pela própria Apple. O lado ruim disso é que muitos desenvolvedores reclamam da arbitrariedade da empresa, que às vezes barra a venda de aplicativos sem dar razões adequadas. O lado bom é que esse controle todo é bem eficaz em impedir que códigos maliciosos venham a tiracolo das aplicações. Um ponto importante a ser considerado é que os iPads hoje somam 83% do mercado de tablets. Esse domínio, como já vimos no caso dos PCs tende a atrair os bandidos de plantão. Não é à toa que os computadores baseados em sistemas operacionais Windows são alvo de 98% dos vírus, cavalos de troia e botnets. O MacOS e o Linux são bem menos passíveis desse tipo de problema, justamente porque têm bem menos mercado que o Windows. Penso que o mesmo tende a acontecer no ambiente dos tablets se a Apple mantiver essa liderança expressiva, mas confesso que isso é uma inferência, sem base em dados concretos, a não ser o comportamento histórico da indústria de tecnologia. E se você optar pelo iPad, fica uma forte sugestão: mesmo que dê muita vontade de destravá-lo, não o faça. A maioria dos problemas de segurança relatados no iPhone e no iPad ocorre em aparelhos que os usuários destravam.
Noves fora, Sandro, qualquer escolha que você fizer terá seus prós e contras. E nesse momento, não é possível dizer qual dos tablets vai te trazer mais sossego no quesito segurança sem ser acusado de “fanboy”, isso é, sem ser injustamente parcial a um deles. Penso que ambos vão apresentar benefícios e desafios. Boa sorte na escolha.
Até a próxima.
“Vou viajar para os EUA em breve, e estou pensando em trazer um tablet para uso pessoal. Estou em dúvida entre o Galaxy, o Xoom e o IPad 2. Existe alguma consideração de segurança que me ajude a decidir por algum deles?”
Puxa, Sandro, essa é uma pergunta difícil de responder por várias razões. A primeira delas é que não tendo um tablet, nem tendo encontrado esses dispositivos em projetos profissionais ainda, não tenho dados provenientes de experiência pessoal para te passar, apenas o que tenho estudado. Em segundo lugar, porque as plataformas são todas novas, e o ambiente dos tablets ainda é meio que “terra incógnita” no que diz respeito à segurança. Apenas começamos a ver a formação do, digamos, ecossistema, dos tablets, e as ameaças que surgiram até agora são poucas para que se forme uma opinião embasada. E, por último, porque a questão dos tablets é, hoje, bastante permeada pela paixão. Dizer qual deles é o melhor é quase que equivalente a dizer qual o melhor time de futebol: cada um vai ter uma opinião diferente, e sempre mais baseada nas preferências pessoais do que nos fatos.
Isto posto, existem alguns pontos a considerar, que dependendo de como pensamos e do que vemos como sendo mais importante, nos ajuda a decidir.
Comecemos pelo sistema operacional. Dois dos tablets que você menciona (o Galaxy e o Xoom) implementam o sistema operacional Android, da Google. Esse sistema é de código aberto, e é adotado por vários tablets e smartphones do mercado. O Android é um sistema robusto e bem construído, que vem recebendo elogios da indústria por sua arquitetura e flexibilidade. No quesito segurança, o Android trabalha com o conceito de sandboxing, que na prática significa que cada aplicação tem seu espaço separado, sem acesso ao espaço designado a outras aplicações. Isso é importante, pois impede que uma aplicação mal-intencionada capture dados de outra. O lado negativo dos sistemas baseados em Android é o fato de que o desenvolvimento não é regulado por ninguém. Qualquer um pode desenvolver e disponibilizar aplicativos para o Android, e o resultado dessa falta de controle é que aplicações maliciosas às vezes são disponibilizadas e baixadas pelos usuários. No início do mês a Google resolveu intervir em sua loja de aplicações e tirou do ar 21 delas, que supostamente espalhavam códigos maliciosos.
O terceiro tablet que você menciona é o IPad 2, que roda o sistema proprietário da Apple iOS 4.3 e também usa o conceito de sandboxing para segregar aplicações. Este sistema é totalmente fechado, e o desenvolvimento de aplicações é draconianamente controlado pela própria Apple. O lado ruim disso é que muitos desenvolvedores reclamam da arbitrariedade da empresa, que às vezes barra a venda de aplicativos sem dar razões adequadas. O lado bom é que esse controle todo é bem eficaz em impedir que códigos maliciosos venham a tiracolo das aplicações. Um ponto importante a ser considerado é que os iPads hoje somam 83% do mercado de tablets. Esse domínio, como já vimos no caso dos PCs tende a atrair os bandidos de plantão. Não é à toa que os computadores baseados em sistemas operacionais Windows são alvo de 98% dos vírus, cavalos de troia e botnets. O MacOS e o Linux são bem menos passíveis desse tipo de problema, justamente porque têm bem menos mercado que o Windows. Penso que o mesmo tende a acontecer no ambiente dos tablets se a Apple mantiver essa liderança expressiva, mas confesso que isso é uma inferência, sem base em dados concretos, a não ser o comportamento histórico da indústria de tecnologia. E se você optar pelo iPad, fica uma forte sugestão: mesmo que dê muita vontade de destravá-lo, não o faça. A maioria dos problemas de segurança relatados no iPhone e no iPad ocorre em aparelhos que os usuários destravam.
Noves fora, Sandro, qualquer escolha que você fizer terá seus prós e contras. E nesse momento, não é possível dizer qual dos tablets vai te trazer mais sossego no quesito segurança sem ser acusado de “fanboy”, isso é, sem ser injustamente parcial a um deles. Penso que ambos vão apresentar benefícios e desafios. Boa sorte na escolha.
Até a próxima.
eu optaria pelo iPad porque além dos seus comentários, Rui, temos que considerar que a Apple é uma empresa que desenvolve software para rodar exclusivamente em suas máquinas, portanto questões de segurança fazem parte das suas preocupações, enquanto as demais dependem de terceiros (e da agilidade deles) para isso. ;-)
ResponderExcluirObrigado pelo comentário (e pelo ponto-de-vista), Anônimo.
ResponderExcluirAbração!
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ResponderExcluirFeito, Anônimo.
ResponderExcluirPra ficar seguro mesmo, tem que fazer um Seguro tablet. Que garanta cobertura contra queda, roubo, furto e danos elétricos.
ResponderExcluirExistem corretoras especificas que fazem seguros para esse e outros equipamentos portateis como seguro notebook, maquina fotografica, smarthphone, ipad, etc..
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