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Um ouvinte que não quis se identificar mandou a seguinte questão:
“Tive que transportar alguns arquivos particulares no meu pendrive, e depois de utilizar, apaguei tudo e inclusive gravei alguns arquivos por cima. Na semana passada perdi o pendrive de vista e achei que tivesse esquecido em algum lugar. Agora estou desconfiado que alguém pegou de propósito. A minha pergunta é: se tem perigo de alguém recuperar dados apagados do pendrive. Posso desencanar, ou tenho que ficar preocupado?”
Puxa, meu caro, as notícias que tenho para você infelizmente não são boas. O SSD, ou Solid State Drive, que traduzido para o português pode ser “armazenador de estado sólido” é uma criatura complicada no que diz respeito a apagar nossos dados.
Apagar simplesmente o dado, como fazemos em nosso HD não resolve (aliás não resolve nem no HD), pois o que ocorre é que o estado do arquivo é modificado só no diretório, que passa a listar a área onde os dados estão escritos como “livre”. Os dados, mesmo, continuam lá, e uma simples busca no Google pelo termo “undelete” resulta em vários aplicativos gratuitos de recuperação de dados, seja de discos rígidos, seja de CDs e DVDs regraváveis, seja de pendrives.
Você afirma que depois de apagar os dados sensíveis gravou outros arquivos no pendrive, certo? Bem, mesmo assim há uma boa chance de que esses dados ainda sejam acessíveis por quem esteja de posse do pendrive. O que acontece é o seguinte: o processo de gravação e regravação em uma mesma região do pendrive é o que faz com que com o passar do tempo o dispositivo falhe e perca sua utilidade. Para evitar isso, o mecanismo de gravação evita ao máximo reescrever sobre uma região (mesmo que livre) se essa região contém dados que foram escritos recentemente. O mecanismo de escrita do pendrive sempre vai procurar uma região “em branco” antes de reescrever sobre uma região que já foi utilizada, para tentar aumentar a longevidade do dispositivo. Mesmo que você tenha tido sorte e gravado novos arquivos exatamente sobre os arquivos antigos, ainda assim existe a possibilidade de recuperação dos dados, se bem que nesse caso o investimento da pessoa interessada em suas informações já fica bem alto, e o conhecimento necessário, bem especializado.
Eu, particularmente, só acredito em duas formas de proteger dados gravados em pendrives: a destruição física do pendrive (e mesmo essa tem que garantir que os chips de memória sejam fisicamente quebrados) e a criptografia de dados. Dados sensíveis gravados em pendrives devem ser criptografados usando soluções reconhecidas pelo mercado e protegidos por senhas fortes. Uma vez que os dados não tenham mais utilidade e o usuário quer se ver livre de dor de cabeça, um martelo é a ferramenta mais eficaz para “apagar” os dados.
E fica aqui outra dica: uma das coisas mais fáceis que existem é o indivíduo perder seu pendrive de vista. Minha sugestão é coloca-lo pendurado em seu molho de chaves. Nossa rotina diária já incorpora há décadas o cuidado com as chaves do carro ou de casa. Claro que de vez em quando perdemos as chaves de vista, mas temos a rotina de onde elas estão, seja penduradas na parede, na fechadura ou no bolso. Já os pendrives são dispositivos que só agora estão sendo incorporados em nossa rotina, o que faz com que de vez em quando os percamos de vista. Deixá-los no molho de chaves tem o inconveniente, claro, de se perdermos um, perdemos o outro. Mas que o controle fica bem mais fácil, ah, isso fica.
Sinto não ter melhores notícias para você, caro ouvinte. Espero que você encontre seu pendrive, mas se não encontrar, espero que sua situação pelo menos sirva de alerta para os demais ouvintes do 5 Minutos de Segurança.
Até a próxima.
“Tive que transportar alguns arquivos particulares no meu pendrive, e depois de utilizar, apaguei tudo e inclusive gravei alguns arquivos por cima. Na semana passada perdi o pendrive de vista e achei que tivesse esquecido em algum lugar. Agora estou desconfiado que alguém pegou de propósito. A minha pergunta é: se tem perigo de alguém recuperar dados apagados do pendrive. Posso desencanar, ou tenho que ficar preocupado?”
Puxa, meu caro, as notícias que tenho para você infelizmente não são boas. O SSD, ou Solid State Drive, que traduzido para o português pode ser “armazenador de estado sólido” é uma criatura complicada no que diz respeito a apagar nossos dados.
Apagar simplesmente o dado, como fazemos em nosso HD não resolve (aliás não resolve nem no HD), pois o que ocorre é que o estado do arquivo é modificado só no diretório, que passa a listar a área onde os dados estão escritos como “livre”. Os dados, mesmo, continuam lá, e uma simples busca no Google pelo termo “undelete” resulta em vários aplicativos gratuitos de recuperação de dados, seja de discos rígidos, seja de CDs e DVDs regraváveis, seja de pendrives.
Você afirma que depois de apagar os dados sensíveis gravou outros arquivos no pendrive, certo? Bem, mesmo assim há uma boa chance de que esses dados ainda sejam acessíveis por quem esteja de posse do pendrive. O que acontece é o seguinte: o processo de gravação e regravação em uma mesma região do pendrive é o que faz com que com o passar do tempo o dispositivo falhe e perca sua utilidade. Para evitar isso, o mecanismo de gravação evita ao máximo reescrever sobre uma região (mesmo que livre) se essa região contém dados que foram escritos recentemente. O mecanismo de escrita do pendrive sempre vai procurar uma região “em branco” antes de reescrever sobre uma região que já foi utilizada, para tentar aumentar a longevidade do dispositivo. Mesmo que você tenha tido sorte e gravado novos arquivos exatamente sobre os arquivos antigos, ainda assim existe a possibilidade de recuperação dos dados, se bem que nesse caso o investimento da pessoa interessada em suas informações já fica bem alto, e o conhecimento necessário, bem especializado.
Eu, particularmente, só acredito em duas formas de proteger dados gravados em pendrives: a destruição física do pendrive (e mesmo essa tem que garantir que os chips de memória sejam fisicamente quebrados) e a criptografia de dados. Dados sensíveis gravados em pendrives devem ser criptografados usando soluções reconhecidas pelo mercado e protegidos por senhas fortes. Uma vez que os dados não tenham mais utilidade e o usuário quer se ver livre de dor de cabeça, um martelo é a ferramenta mais eficaz para “apagar” os dados.
E fica aqui outra dica: uma das coisas mais fáceis que existem é o indivíduo perder seu pendrive de vista. Minha sugestão é coloca-lo pendurado em seu molho de chaves. Nossa rotina diária já incorpora há décadas o cuidado com as chaves do carro ou de casa. Claro que de vez em quando perdemos as chaves de vista, mas temos a rotina de onde elas estão, seja penduradas na parede, na fechadura ou no bolso. Já os pendrives são dispositivos que só agora estão sendo incorporados em nossa rotina, o que faz com que de vez em quando os percamos de vista. Deixá-los no molho de chaves tem o inconveniente, claro, de se perdermos um, perdemos o outro. Mas que o controle fica bem mais fácil, ah, isso fica.
Sinto não ter melhores notícias para você, caro ouvinte. Espero que você encontre seu pendrive, mas se não encontrar, espero que sua situação pelo menos sirva de alerta para os demais ouvintes do 5 Minutos de Segurança.
Até a próxima.
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