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Um ex-aluno contou-me recentemente uma história daquelas que doem só de ouvir. Ao longo de alguns meses informações sigilosas da empresa foram parar nas mãos da concorrência, causando prejuízos que ainda estão sendo contabilizados. A área de segurança fez as diligências necessárias, mas nada encontrou no ambiente que revelasse a existência de algum “buraco” por onde os dados pudessem estar vazando. Até uma empresa externa foi contratada para a realização de um dos chamados “testes de penetração”, em que a resistência do ambiente a ataques externos é testada. E nada: firewalls atualizados, com regras robustas; antivírus evitando a entrada de cavalos de troia e outros códigos maliciosos; controle de acesso aos servidores muito bem mantido, sem que usuários comuns tivessem acesso às máquinas, e por ai vai.
Nada do que foi testado indicava haver problemas, e o mistério continuou até que alguém olhou para as impressoras e percebeu um baita problema: o material impresso nem sempre era buscado logo após a impressão, ficando exposto na bandeja da impressora sem supervisão alguma. Mais ainda: depois de algumas horas na bandeja, algum funcionário — para impedir que a bandeja ficasse sobrecarregada de material impresso — sempre tirava as páginas e as colocava em cima de um armário, onde as mesmas permaneciam às vezes até por semanas, até que fossem recicladas. Em meio à pilha, relatórios de faturamento, listas de clientes, propostas técnicas e comerciais, e por aí vai.
Quando entrevistados alguns dos “donos” dessas impressões, a desculpa para a negligência era quase sempre a mesma: “mandei imprimir, mas tive que atender a um assunto mais urgente, e depois esqueci de buscar a impressão”. Outros deram a dica de como os vazamentos ocorriam: “pois é, imprimi, me distraí, e quando fui lá buscar, o documento não estava mais lá. Imaginei que alguém tivesse levado sem querer, ou posto para reciclar. Aí imprimi novamente, busquei o documento e esqueci o assunto.”
A partir desse ponto não foi muito difícil “fechar o vazamento”, evitando que os prejuízos se estendessem, com uma campanha de conscientização sobre o correto uso das impressoras sendo uma das principais medidas em curso.
Quando olho para a história toda, percebo que quase todos nós temos a impressora do escritório como ferramenta necessária de trabalho, com informações sensíveis para nossa empresa sendo impressas por nós o tempo todo. Será que tratamos esses documentos com a devida responsabilidade? Entre a impressão do documento e o mesmo estar em nossas mãos, vai um tempinho, no qual o documento está “descoberto”. Será que nos preocupamos em buscá-lo de imediato? Será que não andamos nos esquecendo de documentos importantes que ficam “ao léu” na bandeja da impressora? Será que vamos precisar ver nossa empresa incorrer em prejuízos antes de aprendermos a lidar responsavelmente com os recursos de impressão à nossa disposição?
Há uma frase antiga que diz que inteligente é aquele que aprende com os próprios erros, mas sábio é aquele que aprende com os erros dos outros. Espero que todos escolhamos a segunda opção.
Até a próxima.
Nada do que foi testado indicava haver problemas, e o mistério continuou até que alguém olhou para as impressoras e percebeu um baita problema: o material impresso nem sempre era buscado logo após a impressão, ficando exposto na bandeja da impressora sem supervisão alguma. Mais ainda: depois de algumas horas na bandeja, algum funcionário — para impedir que a bandeja ficasse sobrecarregada de material impresso — sempre tirava as páginas e as colocava em cima de um armário, onde as mesmas permaneciam às vezes até por semanas, até que fossem recicladas. Em meio à pilha, relatórios de faturamento, listas de clientes, propostas técnicas e comerciais, e por aí vai.
Quando entrevistados alguns dos “donos” dessas impressões, a desculpa para a negligência era quase sempre a mesma: “mandei imprimir, mas tive que atender a um assunto mais urgente, e depois esqueci de buscar a impressão”. Outros deram a dica de como os vazamentos ocorriam: “pois é, imprimi, me distraí, e quando fui lá buscar, o documento não estava mais lá. Imaginei que alguém tivesse levado sem querer, ou posto para reciclar. Aí imprimi novamente, busquei o documento e esqueci o assunto.”
A partir desse ponto não foi muito difícil “fechar o vazamento”, evitando que os prejuízos se estendessem, com uma campanha de conscientização sobre o correto uso das impressoras sendo uma das principais medidas em curso.
Quando olho para a história toda, percebo que quase todos nós temos a impressora do escritório como ferramenta necessária de trabalho, com informações sensíveis para nossa empresa sendo impressas por nós o tempo todo. Será que tratamos esses documentos com a devida responsabilidade? Entre a impressão do documento e o mesmo estar em nossas mãos, vai um tempinho, no qual o documento está “descoberto”. Será que nos preocupamos em buscá-lo de imediato? Será que não andamos nos esquecendo de documentos importantes que ficam “ao léu” na bandeja da impressora? Será que vamos precisar ver nossa empresa incorrer em prejuízos antes de aprendermos a lidar responsavelmente com os recursos de impressão à nossa disposição?
Há uma frase antiga que diz que inteligente é aquele que aprende com os próprios erros, mas sábio é aquele que aprende com os erros dos outros. Espero que todos escolhamos a segunda opção.
Até a próxima.
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