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A pergunta do título desse artigo pode ser ouvida de guias em inúmeros passeios turísticos, especialmente nas cidades praianas pelo Brasil afora. Geralmente indica que o condutor pode adicionar um componente mais ou menos emocionante ao passeio de acordo com a vontade do freguês. Pode ser ir mais rápido, escolher um caminho mais íngreme ou potencialmente mais perigoso. E quem escolhe pela opção “com emoção” sabe que vai passar aquele friozinho na barriga que está procurando.
Ocorre que essa questão também deve ser feita pelo usuário em várias situações de seu dia-a-dia on-line. Se ficarmos atentos a ela, estaremos nos protegendo de um enorme perigo: as ameaças da engenharia social.
A engenharia social, como já dissemos, é um conjunto de técnicas psicológicas que visam fazer com que o usuário desempenhe certo papel que no fim das contas vai beneficiar o criminoso e prejudicar o próprio usuário. Falamos bastante sobre esse assunto no artigo de 31 de agosto, intitulado Engenharia Social – o cibercrime sem computador.
Ocorre que as técnicas da engenharia social geralmente têm um componente que deveria ficar bem distante do universo do usuário que se preocupa com sua segurança: a emoção. E quando tomamos decisões baseadas na emoção quando deveríamos dar ouvidos exclusivamente à razão, corremos um sério risco de entrar pelo cano.
Vejamos alguns exemplos de como o componente emoção prejudica a tomada de decisão do usuário.
Uma janela de pop-up aparece do nada e diz que seu computador está com vírus. A mesma janela avisa que seu antivírus — uma versão gratuita — não conseguiu identificar a praga, e oferece uma opção barata de outro antivírus para resolver o problema. Você fica com medo e resolve adquirir o antivírus sugerido. Infelizmente trata-se de uma farsa, e o antivírus falso não só é pior — muito pior — que qualquer um que você tenha, como também vai te dar uma falsa sensação de segurança e pode ser porta de entrada de hackers ou mesmo de códigos maliciosos em seu computador. O medo foi usado para fazer o usuário tomar uma decisão que vai prejudica-lo.
O usuário entra num site de leilão, tipo o MercadoLivre.com, em busca de um laptop novo. Encontra um vendedor que tem ofertas de portáteis de marca por preços que não chegam à metade dos oferecidos em lojas. Meio desconfiado — mas esperançoso — o usuário resolve ler os depoimentos de quem comprou do referido vendedor, e o que encontra é um punhado de gente que se diz satisfeita com o que comprou. Ele resolve comprar o laptop que tanto queria e o que recebe é computador velho que nem funciona. Ao voltar ao site de leilão, percebe que o usuário foi descadastrado e que não terá recurso, pois o bandido sumiu. A ganância foi usada para fazer o usuário tomar uma decisão que o prejudicou.
O usuário recebe um e-mail de um amigo falando sobre uma balada no sábado, mas que as vagas são limitadas, e apenas os 200 primeiros internautas que forem até o site poderão se inscrever. O usuário confia no “amigo” e vai até o site, infectando seu computador com um vírus de e-mail. Esse vírus irá enviar a mesma mensagem para todos os contatos cadastrados pelo usuário em seu programa de e-mail. A tranquilidade proporcionada por ter recebido uma mensagem de alguém conhecido foi usada para fazer o usuário tomar uma decisão que o prejudicou.
Inúmeros são os exemplos de como as emoções são usadas para fazer com que o usuário aja contra seus próprios interesses. E a chave para não cair nessas armadilhas é deixar nosso radar de segurança ligado e questionarmos racionalmente as situações que vemos à nossa frente. Antes de clicar, baixar algum programa, tomar alguma decisão on-line, é bastante útil questionarmos qual ou quais os motivadores da ação que pretendemos tomar. Se esse motivador não estiver calcado na razão, e for impulsionado por alguma emoção (qualquer que seja), o melhor a fazer é parar, respirar e analisar a situação com mais cuidado. Os engenheiros sociais — golpistas em todos os casos — contam com as emoções para aplicar seus golpes. Cabe a nós não lhes darmos essa satisfação.
Ajude-nos a melhorar os artigos desse site, deixando na sessão de comentários suas dúvidas, críticas e sugestões.
Até a próxima.
Ocorre que essa questão também deve ser feita pelo usuário em várias situações de seu dia-a-dia on-line. Se ficarmos atentos a ela, estaremos nos protegendo de um enorme perigo: as ameaças da engenharia social.
A engenharia social, como já dissemos, é um conjunto de técnicas psicológicas que visam fazer com que o usuário desempenhe certo papel que no fim das contas vai beneficiar o criminoso e prejudicar o próprio usuário. Falamos bastante sobre esse assunto no artigo de 31 de agosto, intitulado Engenharia Social – o cibercrime sem computador.
Ocorre que as técnicas da engenharia social geralmente têm um componente que deveria ficar bem distante do universo do usuário que se preocupa com sua segurança: a emoção. E quando tomamos decisões baseadas na emoção quando deveríamos dar ouvidos exclusivamente à razão, corremos um sério risco de entrar pelo cano.
Vejamos alguns exemplos de como o componente emoção prejudica a tomada de decisão do usuário.
Uma janela de pop-up aparece do nada e diz que seu computador está com vírus. A mesma janela avisa que seu antivírus — uma versão gratuita — não conseguiu identificar a praga, e oferece uma opção barata de outro antivírus para resolver o problema. Você fica com medo e resolve adquirir o antivírus sugerido. Infelizmente trata-se de uma farsa, e o antivírus falso não só é pior — muito pior — que qualquer um que você tenha, como também vai te dar uma falsa sensação de segurança e pode ser porta de entrada de hackers ou mesmo de códigos maliciosos em seu computador. O medo foi usado para fazer o usuário tomar uma decisão que vai prejudica-lo.
O usuário entra num site de leilão, tipo o MercadoLivre.com, em busca de um laptop novo. Encontra um vendedor que tem ofertas de portáteis de marca por preços que não chegam à metade dos oferecidos em lojas. Meio desconfiado — mas esperançoso — o usuário resolve ler os depoimentos de quem comprou do referido vendedor, e o que encontra é um punhado de gente que se diz satisfeita com o que comprou. Ele resolve comprar o laptop que tanto queria e o que recebe é computador velho que nem funciona. Ao voltar ao site de leilão, percebe que o usuário foi descadastrado e que não terá recurso, pois o bandido sumiu. A ganância foi usada para fazer o usuário tomar uma decisão que o prejudicou.
O usuário recebe um e-mail de um amigo falando sobre uma balada no sábado, mas que as vagas são limitadas, e apenas os 200 primeiros internautas que forem até o site poderão se inscrever. O usuário confia no “amigo” e vai até o site, infectando seu computador com um vírus de e-mail. Esse vírus irá enviar a mesma mensagem para todos os contatos cadastrados pelo usuário em seu programa de e-mail. A tranquilidade proporcionada por ter recebido uma mensagem de alguém conhecido foi usada para fazer o usuário tomar uma decisão que o prejudicou.
Inúmeros são os exemplos de como as emoções são usadas para fazer com que o usuário aja contra seus próprios interesses. E a chave para não cair nessas armadilhas é deixar nosso radar de segurança ligado e questionarmos racionalmente as situações que vemos à nossa frente. Antes de clicar, baixar algum programa, tomar alguma decisão on-line, é bastante útil questionarmos qual ou quais os motivadores da ação que pretendemos tomar. Se esse motivador não estiver calcado na razão, e for impulsionado por alguma emoção (qualquer que seja), o melhor a fazer é parar, respirar e analisar a situação com mais cuidado. Os engenheiros sociais — golpistas em todos os casos — contam com as emoções para aplicar seus golpes. Cabe a nós não lhes darmos essa satisfação.
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Até a próxima.
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