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Estive avaliando a lista de previsões da McAfee sobre a qual falamos ontem, em que a empresa prevê quais serão os principais problemas de segurança de 2010 e cheguei a uma conclusão: 2010 é o ano para sermos Mineiros.
Quando digo “sermos Mineiros” me refiro aos amigos naturais e residentes no belo estado de Minas Gerais, que tanta saudade deixa na gente. A explicação para essa “dica” é a seguinte: o Mineiro tem a fama de ser desconfiado, e uma característica das principais ameaças previstas para este ano é que elas se alicerçam sobre a confiança que depositamos nos recursos da Web. Como uma vez me disse um amigo de Uberlândia, “Mineiro não mete a mão em cumbuca”, e se conseguirmos manter esse nível saudável de desconfiança — que é tão natural aos amigos de Minas — estaremos colaborando um tantão para nossa segurança. Vejamos como essa “mineirice” nos ajuda com as ameaças previstas para 2010.
É bastante prudente desconfiarmos de ambientes considerados seguros a partir de agora, entre eles os Macs e os sistemas baseados em Unix tais como o Linux e o FreeBSD. A chegada do HTML versão 5, como já comentei, tende a trazer problemas por ser nova demais, e uma das características que essa nova versão possibilita é a criação de código HTML que pode executar comandos de sistema em vários sistemas operacionais, o que tira bastante da “impermeabilidade” que esses sistemas operacionais acreditavam gozar quando comparados ao Windows.
Os sites de relacionamento também deveriam ser fonte de desconfiança nesse ano que se inicia. A começar pelo Facebook, agora em Dezembro, vários deles estão reforçando suas regras de privacidade e segurança. Isso tende a criar uma certa sensação de tranquilidade em vários usuários, que tendem a desconsiderar que as novas aplicações — o tempo todo sendo criadas nesses sites — tendem a crescer em complexidade, sem que o devido cuidado na criação do código seja tomado pelos desenvolvedores. Isso significa que mais pontos de entrada indevida são deixados para trás. Combinem-se essas vulnerabilidades esperadas com a sensação de segurança que as novas medidas dos sites trazem e pronto: se não formos desconfiados, logo estaremos cometendo o erro que meu amigo disse que Mineiro não comete: estaremos enfiando a mão em cumbuca.
Quem é adepto do Internet banking, então, deveria não só desconfiar mineiramente, mas mudar de vez para Minas Gerais, de tanta desconfiança que devemos ter com essa facilidade oferecida pelos bancos. Os cavalos de troia tendem a se tornar mais sofisticados e mais ativos, dado o “sucesso” que essas pragas tiveram em 2010. Os relatos de cavalos de troia capazes de fazer transações bancárias ocultas nas máquinas infectadas certamente vão animar muitos ciber-criminosos por aí. Para evitar esse problema devemos desconfiar de todos os sites visitados, das aplicações que rodamos, e até mesmo de nossa solução de antivírus, perguntando o tempo todo se a mesma está atualizada. E quando tudo parecer estar OK, não custa efetuar mais uma Mineira varredura no disco com o antivírus, só por precaução.
Outros de que devem estar em alta esse ano são os ataques de phishing, também devido ao “sucesso” no ano passado. Segundo os analistas da McAfee, esses ataques devem ser feitos com mensagens mais bem compostas e mais com cara de “oficiais”. Já não vai ser mais tão fácil perceber que são falsas só pelos erros de ortografia e gramática, por exemplo. Devemos, portanto, desconfiar de mensagens enviadas de bancos, de operadoras, de órgãos governamentais (e por aí vai) quando essas nos pedirem informações. Uma desconfiada ligadinha para o número 0800 da instituição em questão antes de fornecer as informações solicitadas é uma atitude que os Mineiros apoiam, aposto.
Mas será que ser tão desconfiado assim não vai emperrar nossa produtividade? Bem, quem responde é o próprio estado de Minas Gerais, onde a desconfiança é a regra, e onde reside o 3º maior PIB estadual do Brasil. Há muito tempo que Minas vem mostrando que é, sim, possível ser bem produtivo enquanto se nutre uma saudável dose de desconfiança.
Até a próxima.
Quando digo “sermos Mineiros” me refiro aos amigos naturais e residentes no belo estado de Minas Gerais, que tanta saudade deixa na gente. A explicação para essa “dica” é a seguinte: o Mineiro tem a fama de ser desconfiado, e uma característica das principais ameaças previstas para este ano é que elas se alicerçam sobre a confiança que depositamos nos recursos da Web. Como uma vez me disse um amigo de Uberlândia, “Mineiro não mete a mão em cumbuca”, e se conseguirmos manter esse nível saudável de desconfiança — que é tão natural aos amigos de Minas — estaremos colaborando um tantão para nossa segurança. Vejamos como essa “mineirice” nos ajuda com as ameaças previstas para 2010.
É bastante prudente desconfiarmos de ambientes considerados seguros a partir de agora, entre eles os Macs e os sistemas baseados em Unix tais como o Linux e o FreeBSD. A chegada do HTML versão 5, como já comentei, tende a trazer problemas por ser nova demais, e uma das características que essa nova versão possibilita é a criação de código HTML que pode executar comandos de sistema em vários sistemas operacionais, o que tira bastante da “impermeabilidade” que esses sistemas operacionais acreditavam gozar quando comparados ao Windows.
Os sites de relacionamento também deveriam ser fonte de desconfiança nesse ano que se inicia. A começar pelo Facebook, agora em Dezembro, vários deles estão reforçando suas regras de privacidade e segurança. Isso tende a criar uma certa sensação de tranquilidade em vários usuários, que tendem a desconsiderar que as novas aplicações — o tempo todo sendo criadas nesses sites — tendem a crescer em complexidade, sem que o devido cuidado na criação do código seja tomado pelos desenvolvedores. Isso significa que mais pontos de entrada indevida são deixados para trás. Combinem-se essas vulnerabilidades esperadas com a sensação de segurança que as novas medidas dos sites trazem e pronto: se não formos desconfiados, logo estaremos cometendo o erro que meu amigo disse que Mineiro não comete: estaremos enfiando a mão em cumbuca.
Quem é adepto do Internet banking, então, deveria não só desconfiar mineiramente, mas mudar de vez para Minas Gerais, de tanta desconfiança que devemos ter com essa facilidade oferecida pelos bancos. Os cavalos de troia tendem a se tornar mais sofisticados e mais ativos, dado o “sucesso” que essas pragas tiveram em 2010. Os relatos de cavalos de troia capazes de fazer transações bancárias ocultas nas máquinas infectadas certamente vão animar muitos ciber-criminosos por aí. Para evitar esse problema devemos desconfiar de todos os sites visitados, das aplicações que rodamos, e até mesmo de nossa solução de antivírus, perguntando o tempo todo se a mesma está atualizada. E quando tudo parecer estar OK, não custa efetuar mais uma Mineira varredura no disco com o antivírus, só por precaução.
Outros de que devem estar em alta esse ano são os ataques de phishing, também devido ao “sucesso” no ano passado. Segundo os analistas da McAfee, esses ataques devem ser feitos com mensagens mais bem compostas e mais com cara de “oficiais”. Já não vai ser mais tão fácil perceber que são falsas só pelos erros de ortografia e gramática, por exemplo. Devemos, portanto, desconfiar de mensagens enviadas de bancos, de operadoras, de órgãos governamentais (e por aí vai) quando essas nos pedirem informações. Uma desconfiada ligadinha para o número 0800 da instituição em questão antes de fornecer as informações solicitadas é uma atitude que os Mineiros apoiam, aposto.
Mas será que ser tão desconfiado assim não vai emperrar nossa produtividade? Bem, quem responde é o próprio estado de Minas Gerais, onde a desconfiança é a regra, e onde reside o 3º maior PIB estadual do Brasil. Há muito tempo que Minas vem mostrando que é, sim, possível ser bem produtivo enquanto se nutre uma saudável dose de desconfiança.
Até a próxima.
Obrigado, por mais esse novo ano de dicas.
ResponderExcluirUm abraço.
Obrigado a você e a todos os demais ouvintes pela audiência, Wa Mor!
ResponderExcluirAbração.