O usuário tem que ser parte da solução

Em uma entrevista, o executivo chefe da AVG repete o que venho dizendo há muito tempo: o usuário tem que participar de sua própria proteção. Ouça no artigo de hoje.

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Clique aqui para ler um artigo de Lance Whitney, da CNET com uma entrevista com J. R. Smith, executivo chefe da AVG.

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Ontem à noite tuitei sobre uma entrevista de J. R. Smith, o executivo chefe da empresa de antivírus AVG. Achei que o assunto da entrevista é tão importante que decidi também discuti-lo aqui no 5 Minutos de Segurança.

Em essência, o que Smith disse que mais chama a atenção é algo que venho falando desde que comecei a trabalhar na área de segurança, e que repito nesse espaço sempre que posso: o usuário tem que ser responsável por sua própria segurança. Smith aponta dados que mostram um quadro óbvio: 95% das ocorrências de segurança poderiam ser facilmente evitadas se o usuário tivesse tomado algumas ações básicas, tais como usar um antivírus; outro dado interessante é que 60% dos usuários pesquisados pela empresa tem algum tipo de proteção — uma solução de antivírus qualquer — mas os demais só pensam que têm. Compram o computador, olham para o ícone do escudo da McAfee no canto da tela, e acham que estão protegidos, não percebendo que precisam ativar a licença para que a proteção seja efetiva. Outros deixam as licenças temporárias de 30 dias expirar e não percebem que navegar na Web assim equivale a entrar pelado em um incêndio.

Mas o que mais dói no quadro apresentado por Smith é a mentalidade de muitos usuários que insistem em pensar que segurança é problema dos outros. “Se roubarem dinheiro da minha conta, o banco me reembolsa” é o raciocínio corrente de muita gente, e eu mesmo já ouvi coisa semelhante de conhecidos que deveriam estar melhor informados. O quadro de “o banco paga” está mudando, como o Itaú já demonstrou esse ano, quando conseguiu ganho de causa em uma ação movida por um cliente. O banco mostrou que o cliente não havia feito o que era necessário para se proteger, e não precisou ressarcir o cliente lesado. Sem entrar no mérito de se essa foi ou não uma boa decisão judicial, penso que com o precedente aberto, a tônica das decisões judiciais será essa daqui para frente.

As perguntas aqui são: e você? O que está fazendo para se envolver em seu próprio processo de segurança? Você é parte do problema ou já é parte da solução? Já está consciente de seu papel na manutenção de sua segurança e já o está cumprindo?

Acho bom darmos respostas favoráveis a essas questões, ou então vamos continuar sofrendo as consequências, que só vão piorar no futuro.

Até a próxima.