sexta-feira, 14 de maio de 2010

Os perigos do "crack"

Como eu já disse antes, crackes e keygens são ameaças à sua segurança. Ouça no artigo de hoje.

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Clique aqui para baixar o artigo do site FileFreak em seu micro para poder carregá-lo em seu mp3-player.

Clique aqui para ler um artigo no blog do Panda Labs sobre sites com cracks maliciosos (tradução via Google).

Para ler esse artigo, clique no botão abaixo.



5 comentários:

  1. Este tipo de comportamento mostra o quanto está desconexo, na cabeça dos usuários de tecnologia, a segurança física da segurança virtual.
    Pergunte para esse amigo se ele colocaria na porta de sua residência, uma fechadura eletrônica novinha, encontrada na rua, porém com a senha pré-grava e sem a opção de modificá-la?
    Provavelmente ele diária que não, pois como a senha já estava gravada, teria medo de que alguém que a soubesse entrasse em sua residência, não é?!!
    Pois bem, se para a fechadura existe o senso de segurança, por que para o computador não existe?
    Resposta deste mero leitor:
    O motivo é a falta de consciência tecnologia que atingem hoje a grande parte da sociedade digitalmente “incluída”.
    Abraços

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  2. É de fato um risco, mas que temos de encarar pelo simples fato de que os aplicativos que usamos custam muuuito caro. Um usuário doméstico, que não usa profissionalmente, por exemplo, o Adobe Photoshop, vai pagar alguns mil reais pela licensa?? Óbvio que não. Nem seria justo se pagasse.
    O mesmo vale, por exemplo, para softwares de edição de vídeo. Quem conhece edição de vídeo sabe que TODOS os grandes editores de vídeo, usados em emissoras de TV, estúdios de cinema etc. são pagos e custam MUITO caro.
    Não há saída senão a pirataria.

    O próprio madelo de negócios de empresas como a Adobe e a Corel, por exemplo, as condiciona a serem vítimas de pirataria por todo lado.

    Uma estratégia inteligentíssima que posso citar aqui, para exemplificar o que considero um modelo de negócios inteligente:
    o Google, assim que comprou a empresa que desenvolvia o SketchUp (@last software), criou uma versão grátis para uso doméstico do software de modelagem 3D. Entretanto, a versão comercial, para uso profissional, continuou a ser vendida. Com isso, o Google angariou uma ampla base de usuários domésticos do SketchUp que, um dia, podem precisar usá-lo profissionalmente. A propósito: eu sou um deles.

    Imagine como a Adobe conseguiria multiplicar seus lucros se disponibilizasse gratuitamente o Photoshop para uso doméstico e o comercializasse para usos profissionais??
    Imagine quantas pessoas iriam aprender Photoshop e teriam preferência por ele num hipotético uso profissional posterior?

    Enfim, eu acho mesmo é que essas empresas tem que se #0*!%&^ .

    Enquanto isso, nós, usuários domésticos, temos que fuçar nos mais recônditos antros da world wide web pra encontrar keygens, cracks ou seriais que nos permitam utilizar esses programas. Temos que estar constantemente administrando riscos, fazendo varreduras mais do que seria necessário e sempre de olho no firewall, para interceptar qualquer comunicação suspeita.

    Sei que você, como profissional da área, e que ainda por cima escreve sobre segurança, jamais concordará com o uso dos artifícios temas do artigo.

    Em resposta ao que o leitor Oliver escreveu no comentário dele, pelo menos no meu caso, tenho absoluta consciência dos riscos, mas são riscos que tenho de administrar e posso afirmar que, pelo menos até agora, eu os tenho administrado muito bem, e não colhi nenhum prejuízo. E se por acaso um dia vier a colher, não reclamarei de nada, apenas formatarei o PC, carregarei meus backups e pronto.

    Eu, como cibercidadão que tenta estar ao menos minimamente informado, posso lhe apresentar as minhas conclusões:
    1. Evidente que é um risco usar recursos como cracks e keygens para poder usufruir de software proprietário.
    2. Porém, os altos preços dos tais softwares e a ausência de software freeware de mesma qualidade em diversas categorias, obriga muitos usuários a apelar para os ''recursos'' de pirataria. E mesmo quando há alternativa freeware de qualidade razoável, o fato de saber que certos softwares pagos são o padrão de mercado já faz com que os usuários se dirijam a eles. Exemplo? Photoshop, Flash Professional, CoreDraw/Illustrator, AutoCAD, Premiere/Final Cut/Avid Media Composer, After Effects, 3ds Max, MATLAB.
    3. E essa situação assim permanecerá, ad infinitum, com usuários e empresas sendo prejuducados. Só mesmo uma mudança no modelo de negócios de certas empresas poderá reduzir a pirataria, em especial nos países subdesenvolvidos e emergentes, onde a pirataria reina absoluta entre os usuários domésticos.

    Grande Abraço

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  3. Interessante o ponto de vista do leitor “anônimo”. Em primeiro lugar respeito integralmente as suas opiniões. Concordo parcialmente com seus argumentos, principalmente quando questiona o modelo de negócio de algumas empresas, porém, penso que em uma sociedade puramente capitalista estamos fadados a ter que conviver com situações nem sempre justas.
    Agora o que mais gostei é que ele fomenta minha tese sobre a falta de consciência tecnológica, claro que não por parte dele, que se diga é extremamente bem esclarecido quanto ao assunto, o que quero dizer é: Quantas outras pessoas têm esse discernimento quanto à segurança? Quantos usuários possuem esse nível de entendimento sobre os riscos inerente do uso da tecnologia? Bem não vou responder a estas perguntas e sim continuarei a colaborar com este blog, para que um dia elas não existam mais.

    Abraços.

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  4. Olha, a questão é: se os programas famosos são caros, procure alternativas mais baratas ou gratuitas. Só não vale dar uma de esperto, utilizar um "crack" cheio de códigos maliciosos e abrir diversas brechas no PC. Ninguém nesse mundo é tão idiota a ponto de disponibilizar seriais gratuitos para programas que custam centenas de reais, somente por bondade.

    Como diz o ditado: "O barato por vezes sai caro". E o usuário do "crack" virtual é tão idiota quanto o cara que fuma o "crack" real.

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  5. Oliver, Anônimo e Cristiano,

    Muito obrigado por suas opiniões sobre este assunto. Este debate é interessante e muito importante.

    É claro que o assunto tem muitos lados e vários argumentos e pontos de vista. É claro que o que soa como justificativa para uns não é consenso geral, e por isso o debate -- de lato nível, como o que vocês estão promovendo -- é sempre bem-vindo.

    Penso que o argumento do Oliver seja muito importante e coerente: confiar num crack é o mesmo que confiar numa fechadura que se desconhece.

    Por outro lado, os argumentos do Anônimo -- sem julgar o mérito ético -- também são interessantes, do ponto de vista de que é possível conviver com cracks uma vez que se tome um cuidado extremo com a segurança, de forma a não inserir vulnerabilidades no sistema ao usar esse tipo de subterfúgio. É possível sim, mas exige conhecimento e cuidado que não fazem parte da realidade do cidadão comum. Nesse caso -- na maioria dos casos, aliás -- o melhor é se abster mesmo. O perigo corrido não vale o risco, penso eu.

    E o Cristiano tem razão: existem alternativas aos aplicativos pirateados. Penso que muitas vezes nem nos damos ao trabalho de conhecê-las antes de apelarmos para a pirataria. O Photoshop é fora de série, claro, mas para quem não o utiliza profissionalmente existem várias alternativas -- até mesmo em formato de Web Application, acessíveis via Web, sem necessitar de instalações quaisquer no computador do usuário -- e que fazem o serviço direitinho.

    Mais uma vez: obrigado a todos por uma discussão civilizada e de bom nível de argumentação.

    Uma excelente semana a todos.

    Ruy

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