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Um ouvinte que por razões óbvias não quis se identificar mandou o seguinte comentário:
“Acho que encontrei outro daqueles golpes que você mencionou, do tipo que vem através dos arquivos baixados pelo BitTorrent. Baixei o filme “A Christmas Carol”, filme novo do Jim Carrey, e ele veio compactado. Quando descompactei, um arquivo texto e outro arquivo compactado foram criados. Esse arquivo compactado está protegido por senha, e o arquivo texto me pede para preencher uma pesquisa no site Fulano de Tal. Quando eu chego lá, sou direcionado para escolher uma de três pesquisas. Todas são tolas, com perguntas do tipo “o iPhone é um produto da Apple ou da Microsoft”. Depois, pedem o número do celular e o PIN. Parei por aí, pois tenho medo de clonagem. Acho que escapei de uma fria, não?”
Entrei no site que você indicou, e posso afirmar com certeza de que se trata de mais um golpe. Se você escapou do mesmo, é outra história, que vamos ver mais à frente.
Primeiramente o comentário sobre a engenharia social envolvida no golpe. O filme a que você se refere acabou de estrear nos EUA, e uma busca rápida no BitTorrent mostra que o que os bandidos estão oferecendo é a versão extraída do DVD. Será que o estúdio seria tão ruim de negócios que lançaria um filme desses em DVD no momento em que estreia no cinema? O prejuízo seria gigantesco, e duvido que qualquer executivo em sã consciência cometesse um erro tão básico. A característica explorada pelos bandidos, nesse caso, é a ganância, a vontade de ver um filme que ainda nem estreou no cinema, do conforto da sua casa, em boa qualidade e sem pagar nada. A estratégia é a mesma daquele antigo golpe do bilhete premiado. Você não cairia naquele velho truque, não é mesmo? Então, não deveria cair nesse também.
Visitei o site que você mencionou, e se já não bastassem as evidências acima, encontrei várias outras que mostram o perigo enfrentado por quem se dispuser a seguir em frente. Não vou entrar em detalhes por falta de espaço. De fato a única pergunta apresentada para sua “pesquisa” é se o iPhone é um produto da Apple ou da Microsoft, e logo depois a página já me pediu o número do celular com DDD. Percebi então, que logo abaixo da pesquisa tinha uma caixa previamente selecionada com a seguinte frase: “li e aceito os termos e condições do serviço”. Como eu não havia lido nada, e como não havia link na página que levasse aos tais termos de serviço, resolvi dar uma olhada com mais critério, e a única coisa que encontrei que possa ser encarada como “termos de serviço” foi uma instrução para seguir os três passos e assinar o “FunClub” por apenas R$4,99 por semana. Na tela seguinte, o PIN do meu celular foi requisitado, e o mistério se desfez: essa é uma forma bastante marota de fazer com que as pessoas assinem um serviço de envio de mensagens via SMS que custa cincão por semana. Uma busca pelo site Wixawin, que armazena a página em questão, leva a uma longa lista de reclamações de usuários que foram ludibriados a assinar esse serviço depois tiveram o maior trabalho para cancelar o mesmo. Aí está: o usuário acha que vai economizar a entrada do cinema e acaba assinando um serviço que vai gerar uma conta de quase vinte reais ao final do primeiro mês, quando ele perceberá que foi enganado. Daí até conseguir cancelar o serviço, vai mais um tempo, o que pode gerar ainda mais prejuízo.
Ou seja, se você parou o processo antes de dar seu PIN, se safou desse golpe. Agora, se não se complicou de outras formas, não posso afirmar. Os indícios são substanciais de que o site não joga limpo, e para que o mesmo tenha tentado instalar software malicioso em sua máquina, custa pouco. Sugiro uma atualização imediata de seu antivírus e uma varredura ampla logo em seguida. E sugiro ainda que todos os leitores prestem muita atenção ao que baixam da Internet. Aquilo que se apresenta como “oportunidade”, na maioria dos casos é isso mesmo: uma oportunidade para os bandidos tomarem seu dinheiro.
Ajude-nos a melhorar a qualidade dos artigos desse site deixando na sessão de comentários suas dúvidas, críticas e sugestões.
Até a próxima.
“Acho que encontrei outro daqueles golpes que você mencionou, do tipo que vem através dos arquivos baixados pelo BitTorrent. Baixei o filme “A Christmas Carol”, filme novo do Jim Carrey, e ele veio compactado. Quando descompactei, um arquivo texto e outro arquivo compactado foram criados. Esse arquivo compactado está protegido por senha, e o arquivo texto me pede para preencher uma pesquisa no site Fulano de Tal. Quando eu chego lá, sou direcionado para escolher uma de três pesquisas. Todas são tolas, com perguntas do tipo “o iPhone é um produto da Apple ou da Microsoft”. Depois, pedem o número do celular e o PIN. Parei por aí, pois tenho medo de clonagem. Acho que escapei de uma fria, não?”
Entrei no site que você indicou, e posso afirmar com certeza de que se trata de mais um golpe. Se você escapou do mesmo, é outra história, que vamos ver mais à frente.
Primeiramente o comentário sobre a engenharia social envolvida no golpe. O filme a que você se refere acabou de estrear nos EUA, e uma busca rápida no BitTorrent mostra que o que os bandidos estão oferecendo é a versão extraída do DVD. Será que o estúdio seria tão ruim de negócios que lançaria um filme desses em DVD no momento em que estreia no cinema? O prejuízo seria gigantesco, e duvido que qualquer executivo em sã consciência cometesse um erro tão básico. A característica explorada pelos bandidos, nesse caso, é a ganância, a vontade de ver um filme que ainda nem estreou no cinema, do conforto da sua casa, em boa qualidade e sem pagar nada. A estratégia é a mesma daquele antigo golpe do bilhete premiado. Você não cairia naquele velho truque, não é mesmo? Então, não deveria cair nesse também.
Visitei o site que você mencionou, e se já não bastassem as evidências acima, encontrei várias outras que mostram o perigo enfrentado por quem se dispuser a seguir em frente. Não vou entrar em detalhes por falta de espaço. De fato a única pergunta apresentada para sua “pesquisa” é se o iPhone é um produto da Apple ou da Microsoft, e logo depois a página já me pediu o número do celular com DDD. Percebi então, que logo abaixo da pesquisa tinha uma caixa previamente selecionada com a seguinte frase: “li e aceito os termos e condições do serviço”. Como eu não havia lido nada, e como não havia link na página que levasse aos tais termos de serviço, resolvi dar uma olhada com mais critério, e a única coisa que encontrei que possa ser encarada como “termos de serviço” foi uma instrução para seguir os três passos e assinar o “FunClub” por apenas R$4,99 por semana. Na tela seguinte, o PIN do meu celular foi requisitado, e o mistério se desfez: essa é uma forma bastante marota de fazer com que as pessoas assinem um serviço de envio de mensagens via SMS que custa cincão por semana. Uma busca pelo site Wixawin, que armazena a página em questão, leva a uma longa lista de reclamações de usuários que foram ludibriados a assinar esse serviço depois tiveram o maior trabalho para cancelar o mesmo. Aí está: o usuário acha que vai economizar a entrada do cinema e acaba assinando um serviço que vai gerar uma conta de quase vinte reais ao final do primeiro mês, quando ele perceberá que foi enganado. Daí até conseguir cancelar o serviço, vai mais um tempo, o que pode gerar ainda mais prejuízo.
Ou seja, se você parou o processo antes de dar seu PIN, se safou desse golpe. Agora, se não se complicou de outras formas, não posso afirmar. Os indícios são substanciais de que o site não joga limpo, e para que o mesmo tenha tentado instalar software malicioso em sua máquina, custa pouco. Sugiro uma atualização imediata de seu antivírus e uma varredura ampla logo em seguida. E sugiro ainda que todos os leitores prestem muita atenção ao que baixam da Internet. Aquilo que se apresenta como “oportunidade”, na maioria dos casos é isso mesmo: uma oportunidade para os bandidos tomarem seu dinheiro.
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Até a próxima.
Ao ler os artigos do blog, percebi que grande parte dos problemas de segurança são fruto do desejo em tirar vantagem sobre os outros, o que quase nunca termina bem para o usuário ganancioso. Eu nunca fui vítima do tipo de golpe descrito no artigo, mas aprendi a duras penas que a segurança on-line é o bem mais valioso que um internauta pode ter.
ResponderExcluirParabéns por mais essa postagem.
Bem, Cristiano, os golpistas vêm tirando proveito da ganância humana desde bem antes de a Internet existir. E quando o assunto é segurança, uma verdade não muda: se uma situação parece boa demais para ser verdade, muito provavelmente é.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário!
Sinceramente... prefiro comprar o filme ou alugar numa locadora. Perto de casa tem uma locadora, que o filme lançamento é R$2,00. Creio que não compensa baixar um filme por horas na internet né.
ResponderExcluirExistem vários pontos de vista e inúmeros fatores a serem considerados nessa questão, Denis, e eu estou longe de ter uma resposta para todos eles.
ResponderExcluirPrefiro, então, me ater à questão da segurança, pois o download de qualquer coisa vinda da Internet potencialmente traz riscos para o usuário. Quem sabe mostrando alguns dos perigos desse tipo de comportamento dá para evitar que os leitores e ouvintes evitem entrar em fria, não é mesmo?
Obrigado por seu comentário!