Clique aqui para baixar o artigo em seu micro para poder carregá-lo em seu mp3-player.
Para ler esse artigo, clique no botão abaixo.
Fui interpelado por um amigo esse fim-de-semana, que apesar de achar importante a preocupação com segurança na Internet, disse achar muito difícil fazer tudo o que sugiro em meus artigos. Conversamos um pouco acerca do assunto, e na percepção dele as dicas passadas nessas páginas são úteis, sim, mas para segui-las à risca o usuário fica muito “engessado”. São muitos os aspectos a serem observados, muitos cuidados a serem tomados, muitos perigos a serem lembrados, e no fim das contas, o prazer da navegação vai embora, e mesmo assim a gente não consegue fazer tudo do jeito certo.
Percebi que a preocupação dessa pessoa pode ser a preocupação de outros leitores e ouvintes desse espaço, e creio que seja útil endereçar a questão. Vamos lá.
Nem de longe eu subestimo as dificuldades enfrentadas pelo usuário doméstico na busca por se manter seguro em suas interações com computadores e com a Internet. Sei muito bem que o esforço é enorme, e que as dificuldades para se criar um comportamento adequado são inúmeras. Eu também já estive lá, isso é, também já achei “um saco” essa história de segurança, e muitos foram os momentos em que pensei que um comportamento on-line que pudesse ser considerado seguro era impossível. Aliás, se eu for honesto comigo mesmo vou perceber que ainda existem alguns pontos que não são fáceis de seguir, e não é raro eu aprender alguma coisa nova que ando fazendo errado e que precisa ser corrigida.
Não serão essas dificuldades todas um indício de que aquilo que costumo classificar como “comportamento adequado” é algo impossível de ser atingido na prática? Não, penso que não. E, claro, explico porquê.
O zelo pela segurança é um processo complicado, obviamente. Dá um baita trabalho e exige atenção constante por parte do usuário. Contudo, não é diferente de inúmeros processos e disciplinas que já desenvolvemos ao longo da vida. As dificuldades são oriundas da falta de hábito, e da curva de aprendizado que exige que criemos familiaridade com vários conceitos e procedimentos que antes nos eram desconhecidos. São muitas as coisas com que precisamos aprender a cuidar, e é natural a frustração quando nos esquecemos de algumas delas. É natural também que nos frustremos quando fazemos uma varredura no disco esperando encontrá-lo limpo e lá encontramos ainda algum software malicioso que não sabemos de onde veio. Infelizmente, isso ainda vai acontecer muito, e de vez em quando ocorre mesmo com os experts no assunto.
Ainda assim, o único caminho responsável a seguir é enfrentar essas dificuldades e frustrações. Aos poucos os procedimentos vão entrando “no sangue”, vão ficando mais naturais. Pode até demorar, mas o fato é que chega uma hora em que deixamos de enxergar nossos procedimentos de segurança como empecilhos ou como estorvos. Passamos a vê-los como ferramentas úteis, e nos sentimos mais seguros em nossas andanças virtuais.
Demora? Sim, demora. Dá trabalho? Ô se dá trabalho. Mas certamente vale a pena. Principalmente porque permite que troquemos a tranquilidade proporcionada pela ignorância pela segurança adquirida pelo conhecimento. E um dia olhamos para nós mesmos e percebemos que aprendemos a nos cuidar. Nesse momento, se olharmos para trás, perceberemos que o aprendizado realizado na disciplina da segurança nem terá sido assim tão complexo. Nunca ouvi ninguém que já tenha trilhado esse caminho dizer que não valeu a pena.
Até porque o contrário é muito pior. Lembro-me de uma frase famosa de Derek Bok, quando era reitor da Universidade Harvard. Em tradução livre, ele disse: “Se você pensa que a educação é um processo custoso, imagine a ignorância.”
Ajude-nos a melhorar a qualidade dos artigos desse site deixando na seção de comentários suas dúvidas, críticas e sugestões.
Até a próxima.
Percebi que a preocupação dessa pessoa pode ser a preocupação de outros leitores e ouvintes desse espaço, e creio que seja útil endereçar a questão. Vamos lá.
Nem de longe eu subestimo as dificuldades enfrentadas pelo usuário doméstico na busca por se manter seguro em suas interações com computadores e com a Internet. Sei muito bem que o esforço é enorme, e que as dificuldades para se criar um comportamento adequado são inúmeras. Eu também já estive lá, isso é, também já achei “um saco” essa história de segurança, e muitos foram os momentos em que pensei que um comportamento on-line que pudesse ser considerado seguro era impossível. Aliás, se eu for honesto comigo mesmo vou perceber que ainda existem alguns pontos que não são fáceis de seguir, e não é raro eu aprender alguma coisa nova que ando fazendo errado e que precisa ser corrigida.
Não serão essas dificuldades todas um indício de que aquilo que costumo classificar como “comportamento adequado” é algo impossível de ser atingido na prática? Não, penso que não. E, claro, explico porquê.
O zelo pela segurança é um processo complicado, obviamente. Dá um baita trabalho e exige atenção constante por parte do usuário. Contudo, não é diferente de inúmeros processos e disciplinas que já desenvolvemos ao longo da vida. As dificuldades são oriundas da falta de hábito, e da curva de aprendizado que exige que criemos familiaridade com vários conceitos e procedimentos que antes nos eram desconhecidos. São muitas as coisas com que precisamos aprender a cuidar, e é natural a frustração quando nos esquecemos de algumas delas. É natural também que nos frustremos quando fazemos uma varredura no disco esperando encontrá-lo limpo e lá encontramos ainda algum software malicioso que não sabemos de onde veio. Infelizmente, isso ainda vai acontecer muito, e de vez em quando ocorre mesmo com os experts no assunto.
Ainda assim, o único caminho responsável a seguir é enfrentar essas dificuldades e frustrações. Aos poucos os procedimentos vão entrando “no sangue”, vão ficando mais naturais. Pode até demorar, mas o fato é que chega uma hora em que deixamos de enxergar nossos procedimentos de segurança como empecilhos ou como estorvos. Passamos a vê-los como ferramentas úteis, e nos sentimos mais seguros em nossas andanças virtuais.
Demora? Sim, demora. Dá trabalho? Ô se dá trabalho. Mas certamente vale a pena. Principalmente porque permite que troquemos a tranquilidade proporcionada pela ignorância pela segurança adquirida pelo conhecimento. E um dia olhamos para nós mesmos e percebemos que aprendemos a nos cuidar. Nesse momento, se olharmos para trás, perceberemos que o aprendizado realizado na disciplina da segurança nem terá sido assim tão complexo. Nunca ouvi ninguém que já tenha trilhado esse caminho dizer que não valeu a pena.
Até porque o contrário é muito pior. Lembro-me de uma frase famosa de Derek Bok, quando era reitor da Universidade Harvard. Em tradução livre, ele disse: “Se você pensa que a educação é um processo custoso, imagine a ignorância.”
Ajude-nos a melhorar a qualidade dos artigos desse site deixando na seção de comentários suas dúvidas, críticas e sugestões.
Até a próxima.
Oi, Ruy. Estou aqui para agradecer seu comentário no Alma Biônica e retribuir o carinho. Gostei muito do seu trabalho aqui. Já estou te seguindo e vou divulgar. Um abração e boa semana!!
ResponderExcluirObrigado pela gentileza, Betty!
ResponderExcluirNa linha que você trabalha, tenho este artigo, de 12 de Novembro, falando sobre falsos avisos de vírus: http://5minseg.blogspot.com/2009/11/e-tome-aviso-de-virus-que-nao-existe.html
Também tem esse outro, de 26 de Agosto, em que introduzo o assunto de forma mais genérica: http://5minseg.blogspot.com/2009/08/existe-um-tipo-de-virus-bastante-danoso.html
Um abraço,
Ruy
Segurança virtual segue os mesmos princípios de qualquer outro tipo de aprendizado. O mais correto seria que as crianças aprendessem segurança computacional do mesmo modo que deveriam aprender educação no trânsito e senso de civilidade.
ResponderExcluirCom isso teríamos adultos mais educados no trânsito, mais cívicos e preocupados com sua segurança na internet....
Um dia, quem sabe, um dia....
;)
Verdade, Marcelo. Já disse uma vez que me espanta o fato de ensinarmos as crianças sobre a Internet, mas não falamos nada sobre segurança quando estão aprendendo. Muito diferente de quando ensinamos sobre outros assuntos, em que pensamos nos aspectos de segurança logo no início do papo.
ResponderExcluir