Agora é oficial: nos primeiros dois meses de 2010 a Adobe ultrapassou a Microsoft em vulnerabilidades de segurança exploradas pelos bandidos. A F-Secure, empresa de segurança que fabrica aplicativos contra código malicioso, publicou ontem um pequeno estudo sobre o assunto, e os resultados vêm confirmando uma das principais previsões do ano passado: de que a Adobe de fato ultrapassaria a Microsoft em problemas de segurança.
Para ilustrar essa alegação a F-Secure mostrou um gráfico da evolução da exploração das vulnerabilidades encontradas em aplicativos da Adobe e da Microsoft em 2008, 2009 e nesses dois primeiros meses de 2010. O resultado é que em 2008 a Adobe era responsável por 29% das vulnerabilidades exploradas, contra 71% da Microsoft; em 2009 esse número subiu para 49% por parte da Adobe, enquanto a Microsoft ficou com 51% das vulnerabilidades exploradas; e nos 2 primeiros meses de 2010 a Adobe já é responsável por 61% das vulnerabilidades exploradas, contra 39% da Microsoft. O estudo leva em conta apenas o universo das duas empresas, que são as principais em termos de vulnerabilidades de software.
Em outras palavras, a Adobe é a nova Microsoft. Enquanto qualquer empresa gostaria de ocupar o espaço da Microsoft em faturamento e lucratividade, ninguém gostaria de tomar o posto da empresa quando o quesito são os problemas de segurança. Infelizmente a Adobe está conseguindo essa proeza.
E nós, usuários domésticos? O que temos com isso? Bem, na verdade, muita coisa. O formato de documentos da Adobe, o PDF é bastante utilizado em muitos documentos que usamos em nosso dia-a-dia, e o formato Flash para arquivos multimídia é usado o tempo todo pelos mais variados sites. Quem quiser se proteger vai ter que manter seus aplicativos da Adobe (e da Microsoft também, e de qualquer outro fabricante também) atualizados com as últimas correções disponíveis. E sempre, viu? Não adianta atualizar hoje e esquecer o assunto por 3 meses.Em meu artigo de
Mantendo o software atualizado falei sobre uma maneira automática de verificar se existem atualizações, e penso que a ferramenta da Secunia (que é gratuita e foi sugerida no artigo) seja uma das mais úteis a surgirem nos últimos tempos. Outra atitude que pode ser tomada pelo usuário é a troca de leitor de PDFs. Nos comentários do artigo de 17 de Dezembro intitulado
Correção da Adobe pode demorar a sair o ouvinte Cristiano Oliveira deu a dica do STDU Viewer, uma alternativa segura ao Adobe Acrobat Reader. Existem outras, e o site pdfeaders.org mantém uma lista atualizada. Vale a pena conferir e mesmo optar por alguma alternativa menos problemática que as aplicações da Adobe.
Até a próxima.
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