Audio via YouTube
Audio via Odeo/Kiwi6 (arquivo disponível só durante alguns dias)
Clique aqui para baixar o artigo do site da Kiwi6 em seu micro para poder carregá-lo em seu mp3-player.
Clique aqui para ler um artigo de Renato Rodrigues, do Threatpost sobre o encontro da RSA.
Para ler esse artigo, clique no botão abaixo.
A criptografia é a ciência que estuda formas de se esconder informações, de maneira que as mesmas só sejam acessíveis por quem as recebe, que não seja possível adulterá-las no caminho e que se tenha certeza de quem é o remetente. São várias as técnicas mecânicas e eletrônicas utilizadas, mas o objetivo é sempre o mesmo: “esconder” a mensagem enquanto essa trafega por um meio inseguro. O cidadão comum tem pouco contato direto e consciente com a criptografia, mas ela é um assunto de suma importância, tanto porque a história da Humanidade já foi definida em inúmeros momentos pela capacidade de se esconder mensagens e pela capacidade de se quebrar códigos, quanto porque é utilizada várias vezes ao dia por qualquer cidadão que tenha acesso aos meios digitais. Toda vez que inserimos nossas senhas em sites que exigem login ou que usamos nosso cartão de banco num caixa eletrônico, por exemplo, estamos fazendo uso da criptografia, e essa está mantendo o sigilo e a segurança de nossas informações.
É um assunto que sempre foi fundamental para os governos e para os indivíduos, e que teve seus primeiros passos nas civilizações clássicas, com tábuas com instruções de guerra cobertas com parafina para esconder essas mensagens, e com cintos com inscrições que quando enrolados em varas cilíndricas com o diâmetro adequado formavam a mensagem desejada. Eu recomendo, para quem quiser saber mais sobre a história da criptografia (diga-se de passagem um assunto cheio de intrigas políticas, golpes de estado, traições lesa-majestade, execuções públicas e tesouros escondidos) o livro do autor britânico Simon Singh intitulado “O Livro dos Códigos”.
Pois bem, essa longa introdução leva ao assunto da semana em segurança da informação, o encontro anual da RSA, empresa pioneira em tecnologias de criptografia. No encontro desse ano, alguns dos nomes mais proeminentes em criptografia se reuniram no evento e discutiram o que pensam que vai acontecer com a área e como a criptografia vai evoluir nos anos à nossa frente. Rivest e Shamir (o “R” e o “S” em RSA), Diffie e Hellman (que inventaram o mecanismo de criptografia em uso até hoje nas principais aplicações que exigem autenticação segura) e muitos outros nomes que na maioria das vezes são desconhecidos dos usuários domésticos fizeram uma sessão de “achismo” e “futurologia” sobre o que pensam que vai acontecer.
As opiniões são interessantes, e apontam sempre na direção esperada: as técnicas atuais de criptografia já estão sob ameaça, sendo que algumas delas já não são seguras, tendo sido burladas por grupos de pesquisa. O caminho natural é que os ciber-criminosos utilizem essas técnicas num futuro próximo para tentar burlar nossas comunicações.
E nós usuários domésticos com isso? Bem, como eu disse, a criptografia fica numa camada bem abaixo da nossa interação com a Internet e com os sistemas eletrônicos no nosso dia-a-dia. No que diz respeito a nós, o que devemos fazer é tomar conhecimento sobre o assunto, isso é, entender um pouco mais sobre como a criptografia e o sigilo são importantes para nós, e mantermos nossos equipamentos e aplicações instaladas nos mesmos sempre atualizadas. Já estamos aprendendo a fazer isso em vários momentos, principalmente no que diz respeito ao nosso sistema operacional, nosso navegador Web, e algumas das aplicações mais delicadas, com as da Adobe. Mas precisamos manter o mesmo nível de atenção no que diz respeito a outros equipamentos, tais como nosso roteador wireless — que em vários casos ainda usa tecnologias obsoletas de autenticação e sigilo — nosso celular e nosso PDA, principalmente se esses têm acesso à Internet.
A criptografia “segura as pontas” de nossa segurança em mais momentos do que conseguimos imaginar. É fundamental que saibamos como utilizá-la em nosso benefício, e sempre manter os mecanismos que utilizamos atualizados, de forma a poder contar sempre com seu apoio eficaz em nosso dia-a-dia.
Até a próxima.
É um assunto que sempre foi fundamental para os governos e para os indivíduos, e que teve seus primeiros passos nas civilizações clássicas, com tábuas com instruções de guerra cobertas com parafina para esconder essas mensagens, e com cintos com inscrições que quando enrolados em varas cilíndricas com o diâmetro adequado formavam a mensagem desejada. Eu recomendo, para quem quiser saber mais sobre a história da criptografia (diga-se de passagem um assunto cheio de intrigas políticas, golpes de estado, traições lesa-majestade, execuções públicas e tesouros escondidos) o livro do autor britânico Simon Singh intitulado “O Livro dos Códigos”.
Pois bem, essa longa introdução leva ao assunto da semana em segurança da informação, o encontro anual da RSA, empresa pioneira em tecnologias de criptografia. No encontro desse ano, alguns dos nomes mais proeminentes em criptografia se reuniram no evento e discutiram o que pensam que vai acontecer com a área e como a criptografia vai evoluir nos anos à nossa frente. Rivest e Shamir (o “R” e o “S” em RSA), Diffie e Hellman (que inventaram o mecanismo de criptografia em uso até hoje nas principais aplicações que exigem autenticação segura) e muitos outros nomes que na maioria das vezes são desconhecidos dos usuários domésticos fizeram uma sessão de “achismo” e “futurologia” sobre o que pensam que vai acontecer.
As opiniões são interessantes, e apontam sempre na direção esperada: as técnicas atuais de criptografia já estão sob ameaça, sendo que algumas delas já não são seguras, tendo sido burladas por grupos de pesquisa. O caminho natural é que os ciber-criminosos utilizem essas técnicas num futuro próximo para tentar burlar nossas comunicações.
E nós usuários domésticos com isso? Bem, como eu disse, a criptografia fica numa camada bem abaixo da nossa interação com a Internet e com os sistemas eletrônicos no nosso dia-a-dia. No que diz respeito a nós, o que devemos fazer é tomar conhecimento sobre o assunto, isso é, entender um pouco mais sobre como a criptografia e o sigilo são importantes para nós, e mantermos nossos equipamentos e aplicações instaladas nos mesmos sempre atualizadas. Já estamos aprendendo a fazer isso em vários momentos, principalmente no que diz respeito ao nosso sistema operacional, nosso navegador Web, e algumas das aplicações mais delicadas, com as da Adobe. Mas precisamos manter o mesmo nível de atenção no que diz respeito a outros equipamentos, tais como nosso roteador wireless — que em vários casos ainda usa tecnologias obsoletas de autenticação e sigilo — nosso celular e nosso PDA, principalmente se esses têm acesso à Internet.
A criptografia “segura as pontas” de nossa segurança em mais momentos do que conseguimos imaginar. É fundamental que saibamos como utilizá-la em nosso benefício, e sempre manter os mecanismos que utilizamos atualizados, de forma a poder contar sempre com seu apoio eficaz em nosso dia-a-dia.
Até a próxima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário