Um estudo acadêmico sobre questões econômicas e de segurança em sites pornográficos mostra que este tipo de site é bastante utilizado para espalhar códigos maliciosos e golpes. Ouça no artigo de hoje.
Audio via YouTube
Audio via Odeo/FileFreak
Clique aqui para baixar o artigo do site FileFreak em seu micro para poder carregá-lo em seu mp3-player.
Clique aqui para ler o artigo acadêmico sobre a segurança em sites pornográficos.
Para ler esse artigo, clique no botão abaixo.
Quatro pesquisadores europeus e um pesquisador norte-americano publicaram na semana passada um artigo sobre a segurança nos sites pornográficos disponíveis na Web. Estes sites, é bom observar, somam 12% do total global de sites, e são parte de um modelo de negócios que movimenta mais de 100 bilhões de dólares anuais nos dias de hoje. E como já foi dito mais de uma vez neste blog: na Internet, onde tem dinheiro, tem ciber-criminoso de butuca.
Os pesquisadores avaliaram a segurança de 35.000 sites pornográficos, e descobriram que 1 de cada 4 destes sites utiliza-se da técnica de “links cegos”, isto é, links cujo destino não é visível por parte do usuário no canto inferior esquerdo do navegador, que só exibe um endereço de redirecionamento. Somente quando o usuário clica é que vai descobrir para onde seu navegador está sendo enviado. Este tipo de link pode direcionar o usuário a sites sabidamente comprometidos, e a prática é bastante condenada por empresas sérias fazendo negócios na Internet.
O ponto mais interessante do artigo, a meu ver, foi um experimento através do qual os pesquisadores estabeleceram um site pornográfico a fim de coletar dados sobre os usuários que o frequentariam. Uma vez criado o site, os pesquisadores contrataram um serviço de redirecionamento, cujo objetivo é apresentar links para os usuários passantes, links estes que levariam às páginas criadas pelos pesquisadores uma vez que fossem clicados. O objetivo era obter informações sobre o ambiente dos usuários, especificamente dados sobre a presença ou ausência de uma vulnerabilidade conhecida em flash, uma em Adobe PDF e outra no Microsoft Office. Estas três vulnerabilidades já são conhecidas há meses, e há correções disponíveis para todas. Todas elas podem ser exploradas com facilidade por ciber-criminosos, que a partir daí teriam controle sobre as máquinas das vítimas. O serviço de redirecionamento contratado custou apenas 161 dólares para os pesquisadores, e por este valor foram geradas 49.000 visitas únicas ao site, isto é, feitas por usuários diferentes. Destes 49.000 visitantes, nada menos que 20.000 tinham pelo menos uma das 3 vulnerabilidades pesquisadas. O estudo conclui que os frequentadores de sites pornográficos têm maior chance de ter seus sistemas desatualizados e consequentemente mais vulneráveis a ataques.
Não cabe aqui fazer um julgamento ético ou moral deste comportamento. Cabe, sim, alertar para o fato de que os sites pornográficos tendem a ser mais perigosos, e os usuários destes sites, mais desleixados. O resto? Bem, o resto deixo para quem tem interesse direto no assunto.
Lendo este artigo fico aqui pensando... Se para que informações sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, demoraram-se décadas para que tabus fossem quebrados no tocante a divulgar a forma segura da prática do sexo, e mesmo assim as pesquisas mostram que tanto sabendo sobre a necessidade da prevenção, ainda existe um número razoável de jovens que não se cuidam, levanto duas perguntas: 1) Quanto tempo será necessário para que assuntos como este aqui tratado no artigo seja igualmente divulgado e esclarecido pelas autoridades competentes/meios de comunicação? 2) Quanto tempo será necessário para que a sociedade entenda? ... continuarei aqui pensando. Abraços
Vixe, Oliver, acho que vai um tempão. Se a gente não conseguiu se livrar ainda nem da dengue -- um problema simples de ser resolvido -- que dirá o problema das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). E se estamos muito distantes de resolver o problema das DSTs, o problema relatado neste artigo não deve nem passar pela cabeça das "otoridades".
Mas faz muito bem você em continuar pensando, acredito. A resposta para problemas complexos vem de cabeças pensantes, e não daqueles que olham ara o problema, dão de ombros e seguem em frente.
Obrigado pela audiência, e pelos comentários, sempre tão pertinentes.
Lendo este artigo fico aqui pensando...
ResponderExcluirSe para que informações sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, demoraram-se décadas para que tabus fossem quebrados no tocante a divulgar a forma segura da prática do sexo, e mesmo assim as pesquisas mostram que tanto sabendo sobre a necessidade da prevenção, ainda existe um número razoável de jovens que não se cuidam, levanto duas perguntas:
1) Quanto tempo será necessário para que assuntos como este aqui tratado no artigo seja igualmente divulgado e esclarecido pelas autoridades competentes/meios de comunicação?
2) Quanto tempo será necessário para que a sociedade entenda?
... continuarei aqui pensando.
Abraços
Vixe, Oliver, acho que vai um tempão. Se a gente não conseguiu se livrar ainda nem da dengue -- um problema simples de ser resolvido -- que dirá o problema das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). E se estamos muito distantes de resolver o problema das DSTs, o problema relatado neste artigo não deve nem passar pela cabeça das "otoridades".
ResponderExcluirMas faz muito bem você em continuar pensando, acredito. A resposta para problemas complexos vem de cabeças pensantes, e não daqueles que olham ara o problema, dão de ombros e seguem em frente.
Obrigado pela audiência, e pelos comentários, sempre tão pertinentes.