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Clique aqui para ler um artigo do Financial Times sobre a notícia do abandono do Windows pela empresa Google.
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A semana passada proporcionou uma das notícias mais bombásticas dos últimos tempos para o mundo da segurança: a diretoria executiva do Google tomou a decisão de abandonar todos os sistemas operacionais Microsoft Windows. A decisão entra em vigor imediatamente e é irrevogável. A partir de agora o funcionário da empresa que quiser continuar a utilizar alguma versão de Windows vai ter que justificar sua necessidade para a diretoria, e as chances são enormes de ter seu pedido negado.
A alegação da empresa para tão drástica mudança foi a segurança. Segundo declarações de empregados do Google, a mudança ocorre em decorrência dos ataques de 2009, supostamente originados na China, que foram perpetrados utilizando vulnerabilidades do Windows. Desde janeiro deste ano a empresa já vem empreendendo esforços por trocar máquinas Windows por máquinas com sistemas operacionais da Apple e versões do Linux. Além destes sistemas operacionais a empresa pretende migrar pesadamente para o Chrome, o sistema operacional que está sendo desenvolvido pelo próprio Google.
Será que esta mudança sinaliza que nós, usuários domésticos também devamos abandonar o Windows em favor de algum outro sistema operacional. Penso que não. Pelo menos, não de forma generalizada e a toque de caixa como faz o Google. Até porque por trás desse movimento bombástico da gigante das buscas há outro propósito: o de promover o sistema operacional Chrome. Ao alegar problemas de segurança do Windows, a empresa tanto joga luz negativa sobre a Microsoft, quanto apresenta uma futura alternativa para o problema. É um caso, penso eu, mais de marketing do que de segurança.
A segurança do usuário doméstico depende de uma série de fatores, acredito, e o sistema operacional utilizado é um fator, sim, mas de baixa relevância quando comparado a questões mais importantes. É claro que os sistemas operacionais da Microsoft são mais atacados, e têm apresentado mais problemas que os demais ao longo das duas últimas décadas. Mas isso é porque são mais adotados, e os bandidos sempre vão onde tem mais dinheiro, claro.
Penso que o usuário doméstico que se preocupa com segurança, que aprendeu a utilizar o Windows com responsabilidade, que atualiza regularmente o software de seu computador, que adota ferramentas de segurança e procedimentos de uso adequados, e que está sempre ligado nas questões de segurança, não tem mais do que ter medo do que qualquer usuário de MacOS ou de Linux. Até porque quem já tem alguns anos de uso do Windows e está acostumado com o processo de manter seu sistema seguro, ao desembarcar no MacOS ou no Linux, vai ter que aprender tudo de novo. Nada contra, claro, mas o fato é que a exposição aos riscos de segurança aumenta muito se o conhecimento é baixo. E a falsa sensação de estar em um sistema mais seguro pode levar o usuário a um comportamento mais arriscado. O raciocínio é “bem, aqui não tem vírus nem falha de segurança, e portanto não preciso de tanto cuidado”. Ledo engano.
Quem quiser migrar do Windows para o MacOS ou para o Linux que o faça de forma responsável: aprenda antes a lidar com esses sistemas operacionais, utilize os sistemas em conjunto, migre aos poucos. Ah, e deixe uma máquina Windows de backup, desligada no canto da sala, só por precaução, pelo menos durante algum tempo. E que essa migração seja feita com base em razões concretas, racionais, e não impulsionadas por campanhas de marketing de empresas interessadas na publicidade negativa que geram para os outros.
Até a próxima.
A alegação da empresa para tão drástica mudança foi a segurança. Segundo declarações de empregados do Google, a mudança ocorre em decorrência dos ataques de 2009, supostamente originados na China, que foram perpetrados utilizando vulnerabilidades do Windows. Desde janeiro deste ano a empresa já vem empreendendo esforços por trocar máquinas Windows por máquinas com sistemas operacionais da Apple e versões do Linux. Além destes sistemas operacionais a empresa pretende migrar pesadamente para o Chrome, o sistema operacional que está sendo desenvolvido pelo próprio Google.
Será que esta mudança sinaliza que nós, usuários domésticos também devamos abandonar o Windows em favor de algum outro sistema operacional. Penso que não. Pelo menos, não de forma generalizada e a toque de caixa como faz o Google. Até porque por trás desse movimento bombástico da gigante das buscas há outro propósito: o de promover o sistema operacional Chrome. Ao alegar problemas de segurança do Windows, a empresa tanto joga luz negativa sobre a Microsoft, quanto apresenta uma futura alternativa para o problema. É um caso, penso eu, mais de marketing do que de segurança.
A segurança do usuário doméstico depende de uma série de fatores, acredito, e o sistema operacional utilizado é um fator, sim, mas de baixa relevância quando comparado a questões mais importantes. É claro que os sistemas operacionais da Microsoft são mais atacados, e têm apresentado mais problemas que os demais ao longo das duas últimas décadas. Mas isso é porque são mais adotados, e os bandidos sempre vão onde tem mais dinheiro, claro.
Penso que o usuário doméstico que se preocupa com segurança, que aprendeu a utilizar o Windows com responsabilidade, que atualiza regularmente o software de seu computador, que adota ferramentas de segurança e procedimentos de uso adequados, e que está sempre ligado nas questões de segurança, não tem mais do que ter medo do que qualquer usuário de MacOS ou de Linux. Até porque quem já tem alguns anos de uso do Windows e está acostumado com o processo de manter seu sistema seguro, ao desembarcar no MacOS ou no Linux, vai ter que aprender tudo de novo. Nada contra, claro, mas o fato é que a exposição aos riscos de segurança aumenta muito se o conhecimento é baixo. E a falsa sensação de estar em um sistema mais seguro pode levar o usuário a um comportamento mais arriscado. O raciocínio é “bem, aqui não tem vírus nem falha de segurança, e portanto não preciso de tanto cuidado”. Ledo engano.
Quem quiser migrar do Windows para o MacOS ou para o Linux que o faça de forma responsável: aprenda antes a lidar com esses sistemas operacionais, utilize os sistemas em conjunto, migre aos poucos. Ah, e deixe uma máquina Windows de backup, desligada no canto da sala, só por precaução, pelo menos durante algum tempo. E que essa migração seja feita com base em razões concretas, racionais, e não impulsionadas por campanhas de marketing de empresas interessadas na publicidade negativa que geram para os outros.
Até a próxima.
Infelizmente, as vulnerabilidades técnicas são as menos representativas na totalidade dos crimes cibernéticos. Infelizmente, porque para todo problema técnico, de uma certa forma, existe uma solução técnica, o que simplificaria e muito o combate ao crime digital.
ResponderExcluirO problema é que como sabemos 90% dos crimes na internet ocorrem sem que os criminosos utilizem estes subterfúgios tecnológicos. Ainda hoje o crime mais comum, eficiente e lucrativo é mandar um e-mail para um correntista de banco e pedir para ele que envie todos os seus dados bancários ao suposto mensageiro de boa fé, com qualquer propósito absurdo como um mero recadastramento de conta.
Pronto, diante deste golpe eu pergunto: Importa qual o sistema operacional utilizado pelo usuário?
Abraços
Exatamente, Oliver. É a velha qustão da corrente quebrar no elo mais fraco. O sistema operacional, no mais das vezes, não é o elo mais fraco, e sim aquela pecinha que vai entre o assento da cadeira e o teclado do computador. :o)
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