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Na década de 80, Michael Dell começou um negócio em seu dormitório, enquanto frequentava a Universidade do Texas. Dell percebeu que os PCs, que eram nascentes naquela época, não vinham com as configurações de hardware e software que seus donos precisavam ou queriam. Dell começou a montar PCs e incluir software (legalmente, claro), de acordo com as especificações dos clientes, manufaturando máquinas que serviriam exatamente aos propósitos dos usuários, sem necessidade de configurações posteriores. O negócio deu tão certo que em poucos anos a marca Dell já figurava entre as mais populares no competitivo mercado dos computadores pessoais, fazendo frente à IBM e à Compaq. Hoje a Dell é a maior fornecedora mundial de PCs, e Michael Dell um dos mais bem-sucedidos executivos do mundo.
Bem, essa semana a Dell colocou uma lista bastante interessante em seu site: 10 coisas que você deveria saber sobre o Ubunto. O Ubuntu, só para lembrar, é uma das distribuições gratuitas do Linux, e é hoje um dos poucos concorrentes da hegemonia do Windows, com 1,24% do mercado de sistemas operacionais, contra 86,14% dos sistemas operacionais da Microsoft.
A sexta razão apresentada pela Dell em sua lista é: o Ubuntu é mais seguro que o Windows. Como justificativa, temos: “A vasta maioria dos vírus e dos spyware construída por hackers não tem o Linux como alvo.” É verdade, vírus criados para Windows são incapazes de causar qualquer mal em sistemas Linux, e o Ubuntu não é exceção. Em função disso, a Dell termina suas afirmações sobre segurança dizendo que o antivírus para o Ubuntu é “desnecessário”.
As afirmações da Dell são um tanto quanto capciosas, e precisam ser analisadas com muito cuidado. Em que pese o fato de a maioria dos vírus e spyware não terem o Linux como alvo, ainda assim existem dezenas de vírus e pelo menos dois cavalos de troia conhecidos que têm este sistema como alvo. Só isso já invalida, a meu ver, a afirmação de que o antivírus é desnecessário no Ubuntu. Seria o mesmo que afirmar que a cidade de São Paulo tem uma criminalidade muito maior que a cidade de Ourinhos, e em função disso não é preciso trancar a porta de casa na bela cidade do interior paulista. Onde há vírus, há necessidade de antivírus, e ponto final. Até porque, existem várias soluções de antivírus disponíveis para Linux.
A verdade é que a segurança não é inerente ao sistema operacional, e acreditar que o Linux é simplesmente “seguro” é criar uma falsa expectativa que leva ao pior dos males: o comportamento inseguro por parte do usuário. Quer um exemplo disso? A Dell convenientemente não menciona os ataques de phishing, que são tão perigosos em Windows quanto em Linux, e são os que mais crescem no cenário atual.
O Linux é um excelente sistema operacional, claro, e por ter uma base bem menor de usuários, certamente é menos visado pelos ciber-criminosos que o Windows. Mas precisamos tomar cuidado com afirmações genéricas tais como essa da Dell. O que menos devemos fazer hoje em dia é baixar a guarda em nome de uma falsa sensação de segurança.
Até a próxima.
Bem, essa semana a Dell colocou uma lista bastante interessante em seu site: 10 coisas que você deveria saber sobre o Ubunto. O Ubuntu, só para lembrar, é uma das distribuições gratuitas do Linux, e é hoje um dos poucos concorrentes da hegemonia do Windows, com 1,24% do mercado de sistemas operacionais, contra 86,14% dos sistemas operacionais da Microsoft.
A sexta razão apresentada pela Dell em sua lista é: o Ubuntu é mais seguro que o Windows. Como justificativa, temos: “A vasta maioria dos vírus e dos spyware construída por hackers não tem o Linux como alvo.” É verdade, vírus criados para Windows são incapazes de causar qualquer mal em sistemas Linux, e o Ubuntu não é exceção. Em função disso, a Dell termina suas afirmações sobre segurança dizendo que o antivírus para o Ubuntu é “desnecessário”.
As afirmações da Dell são um tanto quanto capciosas, e precisam ser analisadas com muito cuidado. Em que pese o fato de a maioria dos vírus e spyware não terem o Linux como alvo, ainda assim existem dezenas de vírus e pelo menos dois cavalos de troia conhecidos que têm este sistema como alvo. Só isso já invalida, a meu ver, a afirmação de que o antivírus é desnecessário no Ubuntu. Seria o mesmo que afirmar que a cidade de São Paulo tem uma criminalidade muito maior que a cidade de Ourinhos, e em função disso não é preciso trancar a porta de casa na bela cidade do interior paulista. Onde há vírus, há necessidade de antivírus, e ponto final. Até porque, existem várias soluções de antivírus disponíveis para Linux.
A verdade é que a segurança não é inerente ao sistema operacional, e acreditar que o Linux é simplesmente “seguro” é criar uma falsa expectativa que leva ao pior dos males: o comportamento inseguro por parte do usuário. Quer um exemplo disso? A Dell convenientemente não menciona os ataques de phishing, que são tão perigosos em Windows quanto em Linux, e são os que mais crescem no cenário atual.
O Linux é um excelente sistema operacional, claro, e por ter uma base bem menor de usuários, certamente é menos visado pelos ciber-criminosos que o Windows. Mas precisamos tomar cuidado com afirmações genéricas tais como essa da Dell. O que menos devemos fazer hoje em dia é baixar a guarda em nome de uma falsa sensação de segurança.
Até a próxima.
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