A maioria das vítimas se sente responsável pelos ataques cibernéticos que sofrem. Será que é assim mesmo? Ouça no artigo de hoje.
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Clique aqui para ler um artigo do site 24/7 Wall Street sobre como se sentem as vítimas de ciber-crimes.
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Acabo de ler um interessante artigo de Douglas McIntyre, no site 24/7 Wall Street. O autor fala sobre uma pesquisa comissionada pela Symantec para avaliar como as vítimas de crimes cibernéticos se sentem após os ataques, e os resultados devem servir de alerta para os usuários brasileiros.
Segundo a pesquisa, entre os mais de 7.000 entrevistados, 73% afirmam já terem sido vítimas de ataques cibernéticos, seja via vírus, hackers, fraudes bancárias ou roubo de identidade. Entre os atacados, o resultado mais interessante é que 54% destes acreditam que a responsabilidade pelo ataque é deles mesmos.
O autor do artigo se choca com essa constatação, e crê que haja uma inversão de valores por parte das vítimas, mas eu sou obrigado a discordar. Não é o caso de o indivíduo se culpar por estar com as portas e janelas trancadas e mesmo assim ser invadido por ladrões. Penso que no caso dos ciber-crimes a vítima tenha — na maioria dos casos — uma baita responsabilidade sobre o acontecido. Essa responsabilidade se dá, claro, através da negligência. Ninguém tem culpa de um ladrão invadir a casa se esta estiver bem trancada, mas o morador tem, sim, uma baita responsabilidade se deixa portas, janelas e portões abertos. Dizer que é culpa dos bandidos ou que as autoridades é que deveriam fazer alguma coisa é tapar o sol com a peneira. O crime é uma realidade, e nós devemos fazer a nossa parte, sem esperar que os outros envolvidos — governo, sociedade, ONGs — façam alguma coisa. Infelizmente essa é a realidade. Não digo que gosto das coisas como estão, e adoraria que fosse diferente. Mas o fato é que temos que agir por nós mesmos enquanto as coisas não mudam.
No caso do ciber-crime, estão ao nosso alcance as principais ferramentas de prevenção: antivírus, atitude de preocupação com a segurança, instrução sobre como se manter seguro, e por aí vai.
Apenas aqueles de nós que fazem todo o possível para se protegerem têm o direito de não se sentirem pelo menos parcialmente responsáveis quando forem vitimizados, penso eu. E estes são a absoluta minoria. Os demais de nós, bem, ou a gente cria consciência de que somos os responsáveis pela nossa própria segurança, ou vamos continuar chorando pitangas ao bispo, o que de nada resolve.
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