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O almirante norte-americano Michael G. Mullen publicou um artigo recentemente na revista Foreign Policy em que fala sobre como os governos deveriam agir de forma a ganhar a confiança da comunidade internacional. Em essência o artigo trata da construção de confiança através do exemplo, e o parágrafo abaixo resume bem a tônica (em tradução livre):
“Essa é a essência da boa comunicação: ter sempre as melhores intenções e deixar que suas ações falem por si mesmas. Não deveríamos nos preocupar se as pessoas gostam ou não; esse não é o objetivo. O objetivo é a credibilidade. E conquistamos credibilidade ganhamos ao longo do tempo.”
Apesar de o teor do artigo ser a política externa, a mensagem é bem ampla, e as palavras do almirante deveriam ser lidas e sua mensagem adotada por todos nós, usuários, bem como por todos os prestadores de serviço e provedores de conteúdo via Internet. As duas atitudes contidas no parágrafo acima são peças fundamentais para que possamos nos manter seguros on-line. E que atitudes são essas?
Bem, por parte dos prestadores de serviço e provedores de conteúdo, a atitude deveria ser sempre de se preocupar com a segurança. Mas não da boca para fora, no papel ou nos slides de PowerPoint: nas atitudes. Poucas são as empresas atuando na Internet que tratam a questão da segurança como sendo parte central dos serviços que oferecem. Falam sobre as vantagens de seus produtos e serviços, mostram estatísticas de acesso às suas páginas, publicam depoimentos de usuários e a mídia fala com entusiasmo das comunidades que essas empresas constroem. E lá pelas tantas, quando alguém pergunta (e só quando alguém pergunta) dizem que seus serviços são, sim seguros, que os dados do usuário estão protegidos. E em muitos casos esse discurso não se alicerça sobre atitudes adequadas. Mais vale o investimento no marketing do que na infra-estrutura. No artigo de 27 de agosto, intitulado Segurança no Comércio Eletrônico falei exatamente sobre um caso desses, em que a questão da segurança foi perigosamente minimizada por um alto executivo.
As instituições financeiras sempre foram as honrosas exceções nesse cenário. Como sugerido pelo almirante, não se preocupam se as medidas de proteção vão ser bem vistas ou não por quem quer que seja: esse não é o objetivo. O objetivo é ter credibilidade, e medidas de para aumentar a credibilidade nem sempre são populares. Justamente por lidarem com valores, sempre colocaram a questão da segurança no centro de suas ofertas, e ao longo do tempo construíram a reputação de credibilidade de que hoje desfrutam. Credibilidade com relação à segurança, claro.
Nós usuários, por outro lado, deveríamos estar sempre atentos a essa questão da credibilidade. E esse é o segundo ponto: é fundamental que questionemos os sites e serviços que utilizamos sob o aspecto da segurança oferecida. Será que a empresa tem uma reputação de cuidado com seu próprio ambiente, evitando dar brechas a hackers e a códigos maliciosos? Será que essa empresa tem um histórico favorável de proteção aos dados do usuário? Em suas comunicações oficiais e nos artigos publicados pela mídia, o que é falado acerca da segurança dos serviços oferecidos?
Outra coisa é não usar o raciocínio de que é seguro usar esse ou aquele serviço porque todo mundo está fazendo isso. Aquela velha pergunta que nossas mães costumavam nos fazer quando éramos pequenos “se todos os seus amigos pularem em um poço, você pula também?” serve como uma luva para essa situação. Não, não devemos ser apressados em atribuir credibilidade a um serviço só porque o mesmo é popular. O tempo e os fatos são os melhores juízes desse mérito.
E para aqueles que não entendem o que eu quero dizer toda vez que afirmo que mais importante que as ferramentas de segurança são os processo adotados pelo usuário aí vai: esse cuidado com a credibilidade é um processo. Aliás, um bem importante. É assim, desenvolvendo critérios e prestando atenção em nossas atitudes que vamos construindo nossos processos pessoais de segurança, contribuindo para nossa própria proteção.
Ajude-nos a melhorar os artigos e informações desse site, deixando na seção de comentários suas dúvidas e sugestões.
Até a próxima.
“Essa é a essência da boa comunicação: ter sempre as melhores intenções e deixar que suas ações falem por si mesmas. Não deveríamos nos preocupar se as pessoas gostam ou não; esse não é o objetivo. O objetivo é a credibilidade. E conquistamos credibilidade ganhamos ao longo do tempo.”
Apesar de o teor do artigo ser a política externa, a mensagem é bem ampla, e as palavras do almirante deveriam ser lidas e sua mensagem adotada por todos nós, usuários, bem como por todos os prestadores de serviço e provedores de conteúdo via Internet. As duas atitudes contidas no parágrafo acima são peças fundamentais para que possamos nos manter seguros on-line. E que atitudes são essas?
Bem, por parte dos prestadores de serviço e provedores de conteúdo, a atitude deveria ser sempre de se preocupar com a segurança. Mas não da boca para fora, no papel ou nos slides de PowerPoint: nas atitudes. Poucas são as empresas atuando na Internet que tratam a questão da segurança como sendo parte central dos serviços que oferecem. Falam sobre as vantagens de seus produtos e serviços, mostram estatísticas de acesso às suas páginas, publicam depoimentos de usuários e a mídia fala com entusiasmo das comunidades que essas empresas constroem. E lá pelas tantas, quando alguém pergunta (e só quando alguém pergunta) dizem que seus serviços são, sim seguros, que os dados do usuário estão protegidos. E em muitos casos esse discurso não se alicerça sobre atitudes adequadas. Mais vale o investimento no marketing do que na infra-estrutura. No artigo de 27 de agosto, intitulado Segurança no Comércio Eletrônico falei exatamente sobre um caso desses, em que a questão da segurança foi perigosamente minimizada por um alto executivo.
As instituições financeiras sempre foram as honrosas exceções nesse cenário. Como sugerido pelo almirante, não se preocupam se as medidas de proteção vão ser bem vistas ou não por quem quer que seja: esse não é o objetivo. O objetivo é ter credibilidade, e medidas de para aumentar a credibilidade nem sempre são populares. Justamente por lidarem com valores, sempre colocaram a questão da segurança no centro de suas ofertas, e ao longo do tempo construíram a reputação de credibilidade de que hoje desfrutam. Credibilidade com relação à segurança, claro.
Nós usuários, por outro lado, deveríamos estar sempre atentos a essa questão da credibilidade. E esse é o segundo ponto: é fundamental que questionemos os sites e serviços que utilizamos sob o aspecto da segurança oferecida. Será que a empresa tem uma reputação de cuidado com seu próprio ambiente, evitando dar brechas a hackers e a códigos maliciosos? Será que essa empresa tem um histórico favorável de proteção aos dados do usuário? Em suas comunicações oficiais e nos artigos publicados pela mídia, o que é falado acerca da segurança dos serviços oferecidos?
Outra coisa é não usar o raciocínio de que é seguro usar esse ou aquele serviço porque todo mundo está fazendo isso. Aquela velha pergunta que nossas mães costumavam nos fazer quando éramos pequenos “se todos os seus amigos pularem em um poço, você pula também?” serve como uma luva para essa situação. Não, não devemos ser apressados em atribuir credibilidade a um serviço só porque o mesmo é popular. O tempo e os fatos são os melhores juízes desse mérito.
E para aqueles que não entendem o que eu quero dizer toda vez que afirmo que mais importante que as ferramentas de segurança são os processo adotados pelo usuário aí vai: esse cuidado com a credibilidade é um processo. Aliás, um bem importante. É assim, desenvolvendo critérios e prestando atenção em nossas atitudes que vamos construindo nossos processos pessoais de segurança, contribuindo para nossa própria proteção.
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Até a próxima.
Essa questão da credibilidade é especialmente importante para empresas que oferecem soluções de segurança e softwares antivírus. Várias vezes enfrentei problemas em saber se um arquivo está infectado ou não. Neste momento estou passando por isso. O Malwarebytes diz que está infectado. O AVG diz que não está. Pra tirar a limpo, eu acessei o VirusTotal.com e subi o arquivo para fazer a verificação. Mas minha situação piorou: vários antivírus dizem que se trata de malware, outros tantos dizem que não.
ResponderExcluirCaso queira ver o resultado da verificação do VirusTotal, aqui está o link:
migre.me/83ew
O arquivo é um Keygen para os softwares da CS4 da Adobe, e esse keygen me foi enormemente útil.
Gostaria de deixar a pergunta: o que fazer nessas situações inusitadas, quando não há consenso entre os antivírus? Qual a melhor decisão a tomar?
Abs!
Vou aproveitar e deixar mais uma questão: é normal que softwares antivírus identifiquem keygens e cracks como estando infectados?
ResponderExcluirNós sabemos que é verdade que muitos dos keygens e cracks estão infectados, mas sabemos também que outros tantos não estão e são muito úteis. Baseado no que já escreveu, sei que talvez vá dizer que utilizar tais artifícios (keygens e cracks) não é uma postura saudável para mim como usuário. O problema é que eu não tenho vários milhares de dólares para pagar, por exemplo, pelo Photoshop, Flash, Illustrator, Dreamweaver, Fireworks... Sendo assim, utilizo cracks e keygens por necessidade.
Claro que antes eu tento encontrar um serial, que é 100% seguro. Não encontrando, tenho que partir para keygens e cracks, que envolvem certos riscos. Eu estou ciente de tais riscos e os assumo, mas busco sempre minimizá-los, passando o arquivo zip ou rar que contém o keygen pelo meu antivírus e pelo VirusTotal.com.
Não sei o que pensa a respeito dessas gambiarras para utilizar programas pagos (chame isso de pirataria, se preferir), mas gostaria de pedir um artigo que orientasse a respeito do uso mais seguro de cracks e keygens, como identificar se eles estão realmete limpos e quais medidadas devemos tomar para minimizar os riscos de infecção.
Volto a dizer que faço isso por necessidade, já que não tenho 3.000,00 dólares para comprar uma CS4 da Adobe. Tenho certeza que essas orientações serão muito úteis a mim e a uma legião de usuários que usam cracks e keygens e que não encontram informação séria em sites e blogs a respeito da utilização segura dos mesmos.
Antecipadamente agradecido.
Duas perguntas muito interessantes, Yuri. Vamos abordar ambos os assuntos no artigo de amanhã.
ResponderExcluirObrigado pela participação!